Las
palabras de amor
Venha.
Conte-me a sua história, não omita coisa alguma, não é necessário. Porque não
entorna o rum, displicente, manchando a beira do copo com esse batom destacado,
que faz com que os seus lábios carnudos pareçam partes de uma maçã promissora,
que instiga a fome gulosa que começa a ser satisfeita com os olhos.
Sente-se.
Não dê importância ao meu olhar para o seu decote, eu continuo imóvel como uma
rocha, embora queime como uma fogueira sem que você perceba.
O
que lhe move? Quais são os seus desejos? Está realmente preparada para isso? É
o que quer? Tanto quanto eu? Hum, engolir em seco é uma resposta ambígua, mas o
arfar do seu peito tomarei como um sim.
Aproxime-se.
Está com frio? Esses arrepios na pele nua significam alguma coisa? Esse meio
sorriso, o que quer dizer? Minha mão... Por que a segurou tão suavemente? Faz parte
do jogo pousá-la em seu colo dessa forma?
Juro
que posso sentir o calor das suas coxas sob o tecido macio e fino do vestido! Mais
perto, quase sobre... Essa é uma história que norteará as nossas vidas, você
sabe. Assim, mulher, muito perto, quase dentro!
O
meu sorriso? Paz... Tesão. Tranquilidade. Lenda. Imortalidade... Fim.
Marcelo
Gomes Melo
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