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Uma breve história sobre o tempo

 


Os meus olhos não puderam acreditar naquela vastidão verde, horizonte além de onde a vista alcança, tudo a ser dominado, distribuído e desfrutado pelo povo, com justiça e paz.
Para garantir a paz e a justiça seriam necessárias leis que regulassem a vida em comum, evitando mazelas criadas por ódio e inveja. Hierarquia era o ponto principal. Sendo respeitada haveria proibições e direitos, deveres que garantiram a ordem, e punições exemplares para os que rompessem os regulamentos.
Para que tudo funcione, grupos seriam separados com suas terras, e cada grupo teria um lema e um escudo que os representasse, e um líder que os guiasse ao enriquecimento e conhecimento.
Todos os líderes de todos os grupos deliberariam com um grupo de notáveis, anciãos sábios oriundos de batalhas antigas, que com a sua experiência decidiriam através do voto que tipo de punição ou prêmio seriam distribuídos, de acordo com as honrarias adquiridas ou desonra humilhante. Apenas o líder poderia vetar as decisões, caso apresentasse um argumento convincente. Uma autoridade religiosa, pagã ou eclesiástica teria influência espiritual mantendo-os tementes às entidades superiores, prontos a morrer, se preciso for, por elas e pelo líder.
A hierarquia exigia um poder superior a todos os líderes dos grupos, que exerceria o poder total acima de todos, oferecendo proteção e ajuda em troca de obediência cega, acatando ordens maiorais que superavam às dos grupos e submetiam a todos em nome de um bem comum.
Foi o momento em que surgiu a política, através da qual líderes negociavam com outros secretamente adquirindo mais poder e riquezas, com isso dominando líderes de grupos mais fracos que se tornavam escravos e vassalos para sobreviver.





O próximo passo da política foi fazer acreditar que os líderes aliados poderiam destituir o líder supremo e dominar a todos os grupos, ascendendo ao poder através de conluios e propinas, repartindo riquezas e oferecendo qualquer poder inferior, mas que satisfaria aos mais fracos.
Assim exércitos foram criados e desejos aumentaram de proporção, com a vontade de conquistar os mares sem fim, descobrindo outras terras, impondo novas regras, aprendendo novos costumes e angariando mais poder e riquezas.
Os mais poderosos, com mais dinheiro e força bélica, além de habilidade política, isolavam-se em castas fechadas, cuja crueldade se tornou a chave para continuarem no poder.
O número de vassalos e escravos aumentou consideravelmente, e os seus deveres também, na mesma medida em que os seus direitos diminuíam até serem esquecidos. Essa imensa massa dominada por poucos não obtinham benefícios como o conhecimento e oportunidades, então eram massacrados sempre que o equilíbrio precisasse ser mantido.
Tem sido assim através dos tempos, e a modernização traz consigo novas formas de dominar e explorar. Também ocasionalmente as massas ameaçam uma revolta, e são esmagadas pela minoria no poder, que em seguida lhes oferece uma compensação ilusória que os fará acreditar ter conseguido uma pequena melhora, um ganho enganoso porque trata-se apenas da diminuição da miséria e da dor.
E assim caminha a humanidade, de olho nas vastidões ainda maiores, como o espaço sideral, em busca da conquista do universo. Menos líderes, mais poderes e riquezas; mais massas enganadas, sofridas, manobradas, levadas ao sacrifício como bois a caminho do abate.



Marcelo Gomes Melo


            

 


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