Dói. E invade destruindo espaços fechados.
Abertos. O silêncio dói.
Tanto quanto o barulho irritante
As palavras malditas, urradas com um ódio
Vazio, os olhos esbugalhados
Suor escorrendo pela fronte
Perdigotos espalhados a esmo.
Magoa. E insiste em tirar a tranquilidade
Investe em retirar o pouco da sanidade
Matam com elegância a quem, desesperado
Procura convencer, primeiro a si mesmo
Que as palavras sem nenhum sentido
Das quais se valem, pateticamente
Valeria de alguma coisa, qualquer coisa
Para qualquer um.
Dificulta. Opõe, causa distúrbios desnecessários
Delimita espaços para criar inimigos
Que guerreiam sem saber o porquê
Perdem o fio da meada e repetem as suas convicções
E sequer se lembram quais são
Agem automaticamente até o momento
Em que não serão necessários. Não mais.
Marcelo Gomes Melo