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Divagações a respeito da clareza da alma



          A tempestade que varreu os meus sonhos é a mesma que lavou a poeira que encobria as cicatrizes que decoram o meu corpo como marcos das batalhas das quais participei através da minha existência, sacrificando individualidades e perdendo conquistas pessoais valiosas em nome de ideais coletivos e históricos, participações pequenas que o tempo se encarregará de esquecer impiedosamente.
          Os meus caminhos se abriram, em troca, e a leveza que sinto de corpo e alma é inigualável; um senso de liberdade agudo, real, uma visão alargada e límpida que, ao meu ver aumentou o valor individual, a dignidade para lidar com erros e acertos que há em mim.
          Esse estado mental adquirido sem acessórios que alterem qualquer percepção parece ser único, impossível de definir com palavras e gestos.
          A grandiloquência desse nível de consciência também permite a percepção se situações problemáticas imutáveis, confirmando uma dívida que permanece desde tempos imemoriais: não é possível conviver apenas com amores e flores, alegria e diversão, felicidade suprema sem a visão da tristeza e da dor. O outro lado da moeda equilibra a existência e é inquebrável, na mesma proporção do conhecimento literal que contempla o ser humano.


Marcelo Gomes Melo

 
 

Escorado nas pilastras do tempo




           
             Não fale das coisas às quais desconhece, não por observar a superfície. É imperioso analisar os fatos imparcialmente, colocando-se em todos os lugares e considerando todos os ângulos.
          Não se omita por comodidade, vai parecer falta de coragem, e nada enfraquece mais do que maus julgamentos, seja lá de onde venham.
          Essas parcas e falhas linhas já serviram para lhe fazer perceber que nada é gratuito e viver é equilibra-se sobre a lâmina de uma navalha afiada? Não há tempo para distrações ou lamentações, cada movimento cobra um preço muito alto e não permite recuo.
          Continue atento enquanto dorme, fabrique armas que lhe proporcionarão sobreviver usando as próprias mãos. Afie o cérebro e equilibre as palavras, utilize-as com parcimônia em nome da proteção pessoal, mas, ao mesmo tempo cultive o hábito de explodir, como uma tempestade tropical, para aliviar a tensão que se acumula em você, causando boa parte dos males que se instalam e lhe acometem.
          Desperdiçar sorrisos e declarações pode ser perigoso, embora não se vá a lugar nenhum sem isso; é aí que entram a coragem e o discernimento.
          Jamais se escore nas pilastras do templo, apenas pelo risco de vê-lo ruir sobre si. Escale as montanhas e respire o que é puro, de lá o mundo nunca parecerá tão grande!
          E assim continue, persiga os duendes, acredite nos potes de ouro no fim do arco-íris, apresente a sua parte no trato. Viva. Enquanto pode.


 

Marcelo Gomes Melo


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