Não
vale os segredos que temos, essas ameaças veladas contra a nossa vida comum. É
improvável que elas sumam de vez em quando, para aliviar a tensão de ter que
estar atento a essas armadilhas diariamente, portanto conformemo-nos e
concentremo-nos nas lutas que manterão alta a nossa guarda, embora o desgaste
seja imenso.
Os
nossos segredos são nossos, e permanecerão assim até o fim dos nossos tempos;
não os superficiais, vigiados e arquivados pelo grande irmão, que os ajudam a
descobrir do que gostamos, quais os objetos dos nossos desejos e usar essas
informações contra nós, para controlar os vícios e aumenta-los, para nublar a
mente e impedir o pensamento claro, criando confusão e decisões equivocadas,
virando as tradições de cabeça para baixo, tentando muda-las e criar uma
atmosfera devassa e letal, com propósitos os quais nunca saberemos.
Teorias
da conspiração contribuem ainda mais com esse estado de coisas, pois as
informações pertinentes que elas trazem se perdem em meio a bizarrices dos seus
noticiadores, que por conta de seu aspecto incomum e exagero intencional
transformam possibilidades reais em motivos de riso incondicional.
Repito,
não valem os nossos segredos mais profundos, aqueles que escondemos de todos,
menos do nosso subconsciente, gravados na pele e marcados em uma parte
inalcançável do cérebro. Que morram os vorazes caçadores do que nos é mais
caro, porque um ser humano merece carregar para a eternidade algo que a ninguém
mais diz respeito. Aquilo que o definirá nos outros patamares de julgamento
divino, se é que procede.
Coisa
alguma substituirá os seus segredos mais profundos, tenha isso como certo. Caso
você os perca deixará de existir como pessoa.
Marcelo
Gomes Melo
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