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A eternidade como deveria ser



Após o fim dos seres humanos e da preservação do planeta, surgiu uma nova espécie fisicamente parecida com os antigos habitantes, embora geneticamente modificados e reprogramados tecnologicamente. O planeta expurgou todos os males e renasceu como novo, um aspecto parecido com o anterior, mas extremamente mais belo, mais verde e saudável.
A nova espécie começou a interagir com os animais e as plantas, os mares e os rios, os céus e as terras de modo diferente dos seres anteriores, descartados. Não havia uma relação de cadeia alimentar, feroz, na qual os mais fortes se sobrepunham aos mais fracos; eles compartilhavam um ambiente pacífico e não necessitavam dos recursos do planeta para sobreviver alimentando-se ou produzindo objetos que precisasse desgastar a exuberância da natureza.
Tudo era maravilhoso e especial, tanto que o planeta passou a reluzir dentre tantas estrelas de primeira grandeza, uma pérola no universo, algo inacreditável. A faxina realizada foi eficiente e as coisas como funcionavam antes já nem eram lembradas mais, o mundo realmente já não era o mesmo.
Nada, entretanto, permanece como está por muito tempo, é a lei do universo, e o tempo também corre pela medida do universo, inexorável, incompreensível aos habitantes transitórios do lugar, que tendem a se achar donos do ambiente, é o exato momento em que as coisas começam a degringolar.
Dessa vez foi o excesso de zelo dos habitantes. A falta de necessidade de consumir os insumos do planeta, a ausência de uma cadeia alimentar que equilibrasse as coisas e evitasse o transbordar de todos os recursos em abundância sem nenhum uso.


O colapso era questão de tempo, porque as coisas se estragavam e apodreciam, e produziam novos gases que envenenavam aos viventes, e adoecidos criavam o caos. Mortes eram inevitáveis, muitas mortes, destruição aos montes acinzentaram o planeta e um novo ciclo tornou-se imprescindível. Haveria um novo expurgo e seres eliminados para sempre, vagando espaço para que novas espécies surgissem e se alocassem de maneira sustentável, para garantir um ciclo tão longínquo quanto possível de existência. Isso poderia ser taxado como eternidade.
 


Marcelo Gomes Melo 

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