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Na maioria das vezes, inútil!



O rumo que as coisas tomam quando a tristeza surge é realmente estranho. As reações são divergentes, mas seguem um mesmo propósito, que é tentar entender e acomodar a perda em nome da manutenção da sanidade.
Ao quase enlouquecer as pessoas acionam um reboot no cérebro para zerar as dores insuportáveis; só então é possível viver novamente a rotina, carregando uma ferida latente que com o tempo virará cicatriz e marcará o momento para sempre, ali, um desvio na perfeição da pele para demonstrar a mudança de rumo que as redirecionou sem aviso para uma nova jornada.
Os que sorriem descontroladamente se recusam a acreditar, tentam a todo custo arrefecer a surpresa com a negação peremptória. Aí o sorriso as transforma em choro desesperado, o corpo entra em choque e cada célula implora por ajuda para manter o corpo funcionando com o mínimo de funcionalidade. Esses precisam de ajuda imediata, envolvendo contato físico, o calor de um abraço, palavras enternecedoras, até medicamentos que tranquilize o excesso de medo, o terror de saber que ali ficará um vazio eterno. E o rumo novamente é mudado bruscamente, carregados para outras plagas.
Quem implode, em vez de explodir, congela. Guarda tudo dentro de si e não fala, não ouve e nem reage por nada, os olhos fitando o além, os pensamentos enigmáticos os quais ninguém jamais saberá. Com esses, deixa-los a sós com as suas sombras, ou no máximo sentar-se ao lado em silêncio, fazendo com que a presença os fortifique de uma maneira que apenas eles notarão. Não haverá agradecimentos tácitos, apenas o olhar demonstrará o reconhecimento pela companhia. Um rumo enigmático que ninguém conseguirá definir transformará aquela pessoa para sempre.
É curioso como tudo acontece com um propósito e gera instantaneamente novos acontecimentos que fogem completamente de qualquer controle humano, mostrando que tudo em que acreditamos dominar não passa de sensação. O ser humano é, na maioria das vezes, inútil.


 Marcelo Gomes Melo
 

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