Cruzar
o pântano carregando as flores do conhecimento
Tente
escapar da vala comum na qual a grande parte das mulheres desse mundo se
esconde, dê uma chance aos seus desejos mais furiosos, guardados no fundo da
sua mente confusa. É a hora para o grito primal libertar o seu corpo das
correntes morais impostas por uma sociedade pobre de espírito, permitindo que a
sua alma flutue entre o vulcão e as cinzas, intocada pela lava destruidora.
Talvez seja a hora de submeter-se aos
pecados plurais que lhe cutucam diariamente há anos sem resposta, rechaçados
pela força imortal intrínseca ao ser humano que é hoje em dia. Reflita a
respeito do que lhe incomoda realmente, descubra se é a opinião alheia ou o
medo de espantar os fantasmas afastando as teias de aranha, infiltrando-se em
um novo nível, corrompendo os seus princípios antiquados e aceitando a adrenalina
que faz o seu sangue correr, o perigo da iminente descoberta lhe tirar o
fôlego... Ansiar por isso mais vezes, reconhecer-se como a vencedora do
concurso de sonhos realizados!
A partir de hoje sinta mais, não se
abstenha de nada, experimente tudo com um olhar de curiosidade e a mente
aberta, uma sombra de sorriso no rosto como uma Monalisa depravada, aprendendo
e aperfeiçoando tudo o que está destinada a desfrutar, graças ao meu convite bem-intencionado.
Inesperado, eu sei, mas, o melhor que já lhe aconteceu em todo esse tempo, musa
das inspirações contidas em um pequeno frasco de perfume.
Venha comigo, mulher preciosa,
acredite no que eu digo e no que lhe direi, mais tarde. Um mar de sabores
percorrerá seus lábios, relâmpagos de prazer sacudirão o seu corpo e trovões
assinarão com os seus gritos a tempestade de amor e a crença de que tudo a
partir dali irá melhorar. Você será o algodão doce mais puro produzido para o
paladar dos anjos, que cantarão enlevados em um coro perfeito que lhe conduzirá
à luz eterna.
Os
seus medos ficarão para trás, querida, contanto que prefira abandoná-los! As
suas dúvidas se dissiparão em nuvens, caindo em seguida como chuva que emprenharão
a terra, e ela, molhada, úmida, estará preparada para prover alimento ao mundo
com fartura para sempre.
A mim restará arar, e plantar. Prometo
que sou habilitado a fazer isso com doçura e profissionalismo, é o meu dom
ancestral. Aceite o convite, me acompanhe esta noite, vamos, irmã, orar por
todos os dias de conluio macabro pela falta de religião em você! Eu serei o seu
pastor, o padre leal que lhe preparará a hóstia sagrada. O vinho será por sua
conta.
Marcelo
Gomes Melo
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