Filosofando
com Helena
Helena
não se distraia por causa dos seus pensamentos festivos causados pela ausência
de foco nas coisas mais importantes para o seu mundo particular.
Não
viaje pelas trilhas distantes com o seu pensamento afiado, criança! Isso pode
cortar a sua estima e embaralhar ainda mais a sua confusa lógica. Não existe
futuro, Helena, nada além de um presente sem fim, que engana fingindo que algo
ainda está para acontecer quando se trata apenas de uma boa ilusão, fabricada
pelo subconsciente para manter as suas ambições fluidas, direcionando sutilmente
o que você acha necessário para viver bem, com um status que não é real. Helena
esse mundo não existe!
Só
o seu mundo existe, e não pode controla-lo, então não pertence 100% a você. É
como um enorme jardim bem cuidado, com um caminho que leva à floresta
ancestral, que não precisa de cuidados, pois sua beleza é eterna, modifica-se
naturalmente século após século sem outra ajuda que não seja a divina, com o
poder de autocura incomensurável.
Helena
não se prenda aos instintos fugazes, nem os ignore completamente; o equilíbrio
é o segredo do que chamam sorte com o merecimento adquirido é o segredo do que
chamam sorte com o merecimento adquirido através do esforço.
Tudo
o que eu quero explicitar é que tudo é complicado, apesar dos vários caminhos a
tomar, todos decisivos. Só que não afetarão apenas a você, querida, mas a todos
os que, de uma forma ou de outra fazem parte de sua vida, a mesma que não é só
sua, pelo mesmo motivo que o seu mundo não é só seu.
Quando
se encara no espelho, o que vê? Sim, antes de maquiar, de fraudar a Helena
verdadeira que só você conhece, o que enxerga? Isso lhe causa medo?
Insegurança? E a partir daí, o que os seus movimentos significam? São
coordenados e relaxantes ou automáticos e obrigatórios?
Talvez
você queira ser outra pessoa aos olhos de outras pessoas, e reage da maneira
que imagina ser o que as outras pessoas queiram lhe enxergar é comum, Helena,
mas garante todo o acerto?
E
a sua reação no final é confiante ou se sente estranha ao sentar no sofá da
sala com uma taça de vinho e uma sensação de vazio no peito?
Helena,
as sensações distraem mais do que a realidade em si mesma, e os pensamentos
alcançam uma extensão absurdamente longa! Sendo sincero, não há como fugir, é a
vida! O que se pode fazer é buscar adaptação sem enlouquecer no processo.
Não
sei se estou contando tudo isso a você, ou conversando comigo mesmo, querida
Helena. Filosofar ainda não paga imposto, ainda bem.
Marcelo
Gomes Melo
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