O ano é 2045. O novo ser humano, modificado geneticamente para resistir às constantes pandemias ainda precisam lutar contra as máquinas criadas por eles para funcionar como escravos cibernéticos, já que o ser humano original está em franca extinção, e os poucos que ainda existem vivem como os ratos viviam no século XXI em seus primórdios. Aliás, não há mais ratos além dos políticos; os roedores foram exterminados e o desequilíbrio na cadeia alimentar é assustador.
Os que tiveram poder financeiro permanecem no poder, embora limitado, por terem dinheiro para modificar os próprios corpos para continuar vivendo. Esses são os criadores das máquinas que, além de lhes incutir todo o conhecimento que possuíam, indo além, oferecendo tanto poder que as máquinas assumiram o comando da sociedade, acima deles, e os caçam para diminuir o parco conforto que lhes restam.
Agora tentam retomar o planeta, mas o que é natural está desaparecendo porque as máquinas não precisam desses recursos. Água, florestas e até oxigênio são desnecessários para as inteligências artificiais. Os vírus criados para selecionar os viventes da cepa humana passaram dos limites e do controle, e não atingem os seus novos inimigos, que buscam exterminá-los enquanto raça, visto que não servem sequer como massa de manobra.
O visual do planeta mudou completamente. Beleza é desnecessária. Eficiência é essencial. Produtividade constante ou eliminação imediata é a nova palavra de ordem.
Visto do universo, a cor do planeta mudou visceralmente e o nome deixou de ser compreensível. Não há ninguém para apoiar a retomada do poder pelos novos seres meio humanos, não conseguirão retornar a uma Era de evolução. Deixar de existir é o seu destino, questão de tempo.
Esse é um planeta dominado por diversos tipos de vírus criados em laboratório em guerra entre si por falta de algum ser vivo não imune para destruir, e as inteligências artificiais, frias, céticas, voltadas para a adaptação do planeta aos moldes pelos quais foram criados; só que visando facilitar a própria existência e evolução.
Os subumanos que ainda esperneiam pelos becos e bunkers são políticos e baratas.
Marcelo Gomes Melo
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