Quando
eu morro em seus braços, ressuscito em seus sonhos, e a paixão embala os nossos
corpos como em um barco viking em tempestade contínua, prestes a retornar à
guerra, suados e concentrados, crentes de que estamos a caminho de valhala, dispostos
a morrer de amor para alcançar a eternidade de corpo e alma, sem restrições.
E
é um nível superior de movimentos e manuseios, experimentos sensuais jamais
antes experimentados, riscos que envolvem confiança extrema para o encanto da
navalha de olhos vendados e suavidade inacreditável, trabalhando as sensações a
ponto de não conter os tremores cíclicos que inundam e tomam posse das horas.
O
resto é insignificante. Ninguém perde, só se perde. E tudo segue, imortal,
etéreo, belo e inesquecível.
O
amor chega a ser rudimentar em determinadas noites, determinados níveis, para
suprir os desejos mais puros, os sons mais guturais e atingir os fins mais
inesperados. Ou não.
O
que importa no fim das contas é alijar-se do tempo em busca da glória,
afastar-se da realidade para saborear as delícias que não sabem.
Marcelo
Gomes Melo
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