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“Titês”: a saga do óbvio



         Seria um novo e pitoresco idioma surgindo no espectro radical de uma sociedade decadente e entontecida, criado por algum indivíduo marcado pelo “mídia trainning”, desconhecedor do idioma culto do país, incluindo o linguajar informal, emulado por um lobby irônico de grande parte da imprensa,  que passou a acreditar em si mesmo como um novo tipo de gênio universal, enxergando em si uma aura tão superior que produziu todo um artifício mirabolante para se comunicar com um povo que julga inferior intelectualmente, repetindo incansavelmente ser o mais humilde de todos os tempos, o mais honesto e bondoso, referindo-se a ele próprio na terceira pessoa, e no chamado plural majestático!
          Com uma voz gutural, sonolenta, insossa, modorrenta, passou a misturar arcaísmos ( palavras que caíram em desuso que a maioria da população desconhece) em sentido impossível de compreender, com jargões conhecidos apenas pelos profissionais da área e neologismos ( fruto do curtíssimo conhecimento do vocabulário extenso da língua portuguesa) impôs esse novo idioma considerando usar um tom professoral, por engano, porque parece mais um padre assustador ou um pastor assombrado, e infiltrou nos cérebros infimamente cultos a pergunta que jamais se cala: o analfabetismo funcional produzirá uma maneira inferior e confusa de comunicação entre os povos?
          “Analisando a guerberogática supurítica erveloleviska do último terço, ti sabes que eu enquanto ser humano homem, humanoide, humanitário humanista da humanidade humanística e humanobiótica, sou mim mesmo o mais humildóide ser dentro da parametridade sinquica rotundélica fálica, que sendo o cidadão que sou, cidadanístico pai, irmão, filho, tio, marido, tio, amigo, companheiro, profissional da maior e melhor profissionança títica e tática, não quero dizer a tu que, e ainda mais menos que não, porque talvez não seja o que nunca foi sido, sem deixar de ser o que, vamos, mesmo que ti digas que não, eu digo que mais ou menos, mas não vou repetir, repito, não vou repetir outra vez de novo sobre o que é digno da dignização da dignidade que só mim tenho, olhando do ponto de vista visto que só mim tenho, de indivíduo individual mas não individualista que valoriza o de-sem-pe-nho mais do que o simples desempenho desempenhado em si mesmo.
          Hoje foi maravilhoso ver o arco-íris em preto e branco cruzando o alto do chão verde enquanto, vou dizer, foi, mas não foi se ti pensardes de verdade no que se achou do achismo achado pelos que perderam antes de ter certeza, porque a certeza é certa e a dívida é duvidosa dentro dos princípios principiantes que regem a minha conduta conduzida apenas e tão somente na grandiloquência grandiloquente que a viagem viajante faz viajar rumo à vitória vitoriosa, porque a derrota é a vitória de quem perde, e a vitória é a derrota que não veio e precisamos com a honra honrosa e a humildade mais humilde aceitar que eu sou quem sou, porque se eu não fosse mim, ninguém seria também. E tenho dito!



Marcelo Gomes Melo
 

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