Um
instante de silêncio entre as poças de sangue
A
canção do século fala sobre beber até desabar portando navalhas e tacos de
baseball, vestidos com roupas de couro, mascando fígado de porco cru, disposto
a aceitar todas as brigas de rua e de bar!
O
ritmo é contagiante e repetitivo com o intuito de hipnotizar, idiotizar e fixar
na cabeça os mantras nocivos que intimam mais do que convencem a combater
violentamente ao sistema, procurando com isso revigorar algo que já se encontra
em plena decadência: corpos e mentes corrompidos pelos vírus fabricados pelos
desgraçados invisíveis que comandam os destinos com impessoalidade e mão de
ferro.
A
música insistente e pegajosa reflete a incapacidade dos seus ouvintes de reagir
ou entender o que realmente está acontecendo. Neurônios corroídos, a vontade de
livrar-se do desespero se debatendo e causando a mesma dor que sofrem
diariamente.
Quando
movem os seus corpos impuros dançam a dança da morte, são oferendas vivas em
decomposição moral visível, dispostos a tudo, pervertendo os princípios que
antes respeitavam. Quando as luzes giram velozmente em consonância com o som,
as drogas e as bebidas completam o cenário para que as barbáries aconteçam em
série.
Muito
sangue derramado à medida em que a música se espalha pelos quatro cantos do
mundo, cultuadas alienadamente como bálsamo para criaturas subumanas!
Canções
do século se sucedem umas às outras, indiscriminadamente, cada vez mais cruéis,
atiçando malefícios, justificando calúnias e absolvendo canalhas para que
honrem aos seus destinos vorazes e se entreguem à maldade que um dia também os
sorteará, levando-os às profundezas dos infernos para serem homenageados pelos
seus feitos malditos contra a própria raça!
Essa
é a canção dos malditos, o hino dos rebotalhos, os versos obscuros dos safados
que venderam a alma e perambulam pela mídia, facilitando o alcance de suas
mentiras e aumentando os sacrifícios dos que não valem nada, existem para
satisfazer os instintos desprezíveis dos descarados desonestos, desonrados e
ainda assim donos do espaço puro que deveria ser dividido em comunhão pelos
seres de bem.
Morte
aos autores das canções do fim do mundo! Destruição dos instrumentos e dos seus
criadores, dos que as difundem e dos que as reproduzem! Cortem as línguas dos amaldiçoados
cantores!
Um
instante de silêncio entre as poças de sangue poderá salvar a existência de
toda uma raça!
Marcelo
Gomes Melo
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