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... Para o céu azul além das nuvens



Era uma canção feita para uma pessoa; então se tornou em uma canção para duas pessoas. Os versos falavam do que uma pessoa sentia pela outra, que ao ouvir, aquiesceu, era recíproco. Versos que combinavam com os sentimentos, matematicamente, até nos ressentimentos que causavam melancolia, e em seguida, alegria na superação do que era depois descrito como bobagens, que só aconteciam com os amantes mais fervorosos.
E a canção se espalhou pelo mundo, alcançou outros casais, que encontraram semelhanças em seus versos com o que lhes passava no coração, e os uniu e separou, os fez sofrer e querer mais...
Era uma música simples, de versos incompreensíveis para quem não entendia física nuclear, e os fazia implodir de quando em quando, e desacreditar no amor por uns tempos, sem deixar que os versos os acompanhassem, em seus ipods, em seus fones de ouvido, em seu caminho para o trabalho.
Essa letra casada com os sons certos juntaram seres de diferentes espectros, ensinaram o significado de carinho e prazer ao mesmo tempo em que plantava suspeitas em suas mentes frágeis pelas ações do coração.
O autor da canção, o primeiro a sentir o amor original, que foi plenamente correspondido... Dele nada se sabe, nem do motivo do seu amor, dos versos e da canção. Tudo é obsoleto, menos os sentimentos passados pela música através dos tempos. Nada permanece igual, nem os pensamentos de quem retratou tão bem no início.
Durante o período em que a canção se espalhou e conquistou corações e pensamentos, os sentimentos iniciais do poeta mudaram, a sua musa não resistiu e o rejeitou, escolhendo algo mais realista do que algo que se desfaz em um cansaço gostoso após algum tempo, virando memórias. Algumas jamais substituídas por outras, embora deixadas de lado, no cofre do coração, defendido fortemente pelo cérebro frio.
Uma canção de amor como um vírus disseminando-se livremente por todos os cantos, levando alegria e tristeza, prazer e dor, contaminado de diversas maneiras, mantendo o que é rico sob diversas camadas até que a solidão, como um cobertor muito quente os proteja de retornar, e lhe faça acreditar no frio que é amar inconclusivamente.
Não se deixe enganar, a canção é imortal, sobreviverá às Eras e alcançará a jovens e velhos. Uns morrerão sob o efeito da paixão. Outros desenganados pelo engano, e outros anestesiados, jamais pensarão na verdadeira causa.
Não há milagres aqui, a canção é um corvo sobre uma cruz, uma cobra sobre uma lápide e um cachorro feroz treinado para matar. A não ser que você se digne a olhar para o céu azul, além das nuvens.



Marcelo Gomes Melo




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