Um
dia todos os nossos planos serão realizados, e concluídos os mais importantes
passos para a melhoria de todos nesse vasto mundo, é certo que alcançaremos a
perfeição?
Em
determinado dia ensolarado alcançaremos a iluminação, e os espíritos livres
vagarão pela Terra espalhando tranquilidade e paz como velas acesas para
exterminar a escuridão das almas de uma vez por todas. Isso será algo dramático
e denominado com certeza como perfeição?
Os
ombros estarão prontos para apoiar os necessitados sem hesitação, elevando a um
novo nível o status do ser humano no universo? Sem falhas seremos os mesmos, ou
seremos melhores, ou perderemos a utilidade que hoje parecemos ter para um
equilíbrio necessário ao nosso redor, ainda que caótico e pessimamente
compreendido?
Por
quanto tempo mais viveremos por acreditar em algo que pode ser impossível e
inviável, apenas manter alguma centelha de esperança que não nos faça botar
tudo a perder em um arroubo de realismo?
Se
não há personalidades iguais, apenas parecidas, e os opostos se atraem, não
seria para produzir novas vias de personalidades que seriam responsáveis pelas
reviravoltas radicais que através dos séculos se repetem, mudando
geograficamente, quimicamente e fisicamente através de novos DNA’s que guiarão
o planeta a novas aventuras, conhecimentos diferentes e necessidades
terminantemente opostas ao que se seguiu por anos e anos?
Há
períodos em que determinadas civilizações são sorteadas para fazer a mudança, e
toda mudança implica em dor, desconhecimento e morte, até que o novo rumo se
estabeleça e os remanescentes, acostumados e criadores do novo estilo de viver
herdem o planeta como será pelos próximos milênios até que nova reestruturação
aconteça?
Sendo
assim, o conceito de perfeição se perde nos alfarrábios universais, e as
civilizações cresçam, evoluam e transformem tudo em desastre por um bem ainda
maior?
Os
conceitos mudam sem que se perceba, e as definições consideradas são as
vencedoras dentre milhares propostas, e é assim que a roda gira, invisível, causando
sensações sutis para que não provoquem reações exageradas que nem sempre
funcionam, daí o surgimento dos denominados loucos, estranhos e lotados de
ideias estranhas que fogem ao senso comum.
Tudo
é real? O real é irreal? O irreal é certeza, e o real é incerto? “O passado é
uma foto na parede, o presente é a visão de um automóvel se afastando e o futuro
é um nome apagado em uma lápide”, já dizia uma canção ancestral taiwanesa. O
que sobra é subjetividade. Nada mais é preciso.
Marcelo
Gomes Melo
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