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O que permanece jamais será vencido



Quem mata o lobo do lobo do homem? A fome. Nada mais deplorável nem mais simples. A fome por conhecimento, a fome monstruosa por poder, a fome, ela mesma. Por alimentos.
Quando tudo é simples assim turva os olhos dos envolvidos, e eles travam batalhas inúteis arriscando tudo o que pensam possuir, e além, o que desejam possuir, ou já desejaram ter possuído e não o fizeram por incompetência ou falta de sorte.
Há um lobo no homem que o instiga, mas é dominado pelo lobo que controla o lobo, e esse é a fome. A fome por humildade, por tolerância e entendimento, mas isso inexiste quando as cartas são embaralhadas e o coringa já está na manga do destino. A fome por sobrevivência é a certeza da morte, um escudo para adiá-la enquanto possível, para questionar os desvios, tentar escapar dos labirintos do cérebro, avariando a alma aos poucos, induzindo-a aos poucos a descer a ladeira da sorte sem freios, gritando como um louco, acenando com um lenço vermelho, que se espalhará pelo resto do corpo ao chocar-se lá embaixo com um muro de facas, calando-os para sempre.
A fome por algo desconhecido que permanece mesmo que alimentada até o final, e após, eterna, condenando a alma para outros níveis de consciência, adoçando o que está por vir com recheios e prazeres passageiros, quando tudo o que restará como certeza será a fome, que nunca acaba. A fome que escraviza e açoita, da qual ninguém se livra, existência após existência. Pode-se chamar vício, resistência, escravidão.
Não se engane, esses são os bastidores do que é visto diariamente, colorido e disfarçado, mas aqui é escuro, úmido e frio. Há fogo, mas não aquece, apenas queima, as chamas estão fora do pensamento, que é horizontal e contínuo, não importa o que aconteça. A fome prevalece. Jamais será saciada.


Marcelo Gomes Melo

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