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A construção do relacionamento com o divino



Há uma razão para que a juventude seja avoada, cheia de expectativas e desconectadas da natureza e de Deus. Ela ainda é crua, débil e influenciável, já que não passam de uma casca, vazia por dentro, sem conhecimento suficiente e arrogância ao extremo.
Não sabem absolutamente nada, a juventude está em processo de aprendizagem aleatório e mesmo assim se recusam a ouvir conselhos sobre um caminho a seguir, porque se sentem afrontados com tanta força física e magnetismo, indomáveis, fora do prumo, sem bússola.
Erram por premissa: “sou jovem, não sei nada, portanto erro”, e ao errar me rebelo de mil maneiras, agrido, viro uma fera selvagem e magoo de forma intransigente, porque é o que me resta. Essa fogueira ardendo no peito sem parar, a coceira deixando o pensamento em frangalhos, e a sensação de derrota inacabável, de uma vida sem propósito, na qual não acreditam, desconfiando de todo mundo e traçando planos para se vingar dos adultos, dos seus pares e de qualquer um que tente tutorá-los.
Esse processo se repete com todas as gerações, não importa quais nem quando, o fogo é o mesmo e os caminhos estão lá, mas em forma de labirinto, o que apimenta ainda mais os obstáculos para alcançar alguma maturidade.
Os jovens, mesmo os que fingem viver uma vida religiosa, não fazem ideia de como se relacionar com Deus. Fingem, debocham, cometem erros e tremem de medo do castigo, e ainda assim não sabem como consertar porque não têm experiência suficiente.
A partir do momento em que vão envelhecendo e vivendo diversas situações que lhes moldarão o caráter e definirão o verdadeiro caminho que seguirão, achando que estão no controle quando se trata de meros passageiros em um trem sem condutor, torcendo para que sejam bem tratados por Deus, embora só se lembrem Dele para pedir, jamais para agradecer.


O relacionamento com Deus vai se construindo aos poucos, ditado pela experiência adquirida através da vida, imperceptível, mas importantíssimo. Os que se dizem ateus parecem constrangidos por gritar por ele em situações pequenas de problemas absurdos.
A idade permite uma conexão maior com Deus, porque há menos questionamentos e mais fatos comprováveis de sua existência e ações concretas que o comprovem. Esse parece um direcionamento eficaz e eterno, um curso para que as pessoas desapeguem das coisas materiais e valorizem as espirituais, não por hipocrisia, tentando vender uma imagem de desapego para faturar com ela, mas por finalmente pisarem, sabendo ou não, no caminho reservado para cada um.
Essa suposta comunhão com Deus se dá através do envelhecimento físico, e dá uma aparência distinta a quem era o oposto quando jovem, seja verdadeira ou falsa. O que causa um arroubo filosófico de boteco de pretender descobrir ou aventar a possibilidade de ter que morrer para completar a conexão, e daí para adiante tudo é desconhecido.
É por isso que querer ver o céu sem morrer é impossível, uma pegadinha para explicitar a covardia humana de querer burlar as regras. O que ainda assim não desculpa o radicalismo muçulmano, assustador para o ocidente.
O caminho todo, desde o nascimento até o falecimento é a verdadeira comunhão com Deus, incluindo a inaptidão, a rebeldia e o ceticismo. Na hora certa as decisões são tomadas. Deve ser assim para que a existência tenha algum propósito.



 Marcelo Gomes Melo
 
 

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