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A mulher que me amava



         Ela não afastava os olhos dos meus quando, segurando as minhas mãos em concha cobriu os próprios seios, protegidos por um tecido macio que não disfarçavam o calor aconchegante nem os mamilos túrgidos que atacavam as minhas palmas e me tiravam do solo, sem peso, flutuando como na lua. Ela pretendia ler a minha alma através dos meus olhos escurecidos e brilhantes, febris.
        Tudo o que conseguiu naquele momento foi ceder à tentação de baixar os olhos e presenciar o volume que denunciava a minha total fragilidade ante o seu perfume. Instintivamente me pus a roçar em suas coxas, entre elas...
         Quando pressionou as minhas mãos, que segurava sobre os seios, me obrigou a apertá-la, as palmas deslizando; isso a fez suspirar me levando um passo à frente em direção ao seu corpo, que ficou entre mim e a parede. Forcei a coxa entre as dela. Os olhos grandes e escuros brilharam ainda mais, e os lábios se entreabriram com o maior dos convites da Terra.
          Não havia outros sons além de respiração ansiosa, leves toques sobre roupas desnecessárias; toques suaves, mas firmes. Não havia hesitação, o que existia era esquecimento. Habitávamos outro planeta no qual não havia outros habitantes. Não saberíamos, depois, dizer como começou, nem por que começou; isso não importava, porque o tempo parara.
          Os lábios se colaram, macios, famintos, e só então um pouco de umidade passou a fazer parte daquela equação. As línguas embaralhadas, idiomas criados para contar uma história, enquanto as minhas mãos rastreavam os seus seios e as maneiras para desembrulha-los para o meu prazer. O prazer dela era o meu prazer.
 


             Eu rapidamente consegui livrá-la da parte de cima do vestido, que caiu aos nossos pés como um escravo rendendo-se aos nossos desejos.
          Arranquei-lhe gemidos com meus lábios grossos, com a minha língua habilidosa e gentil, uma devoradora de delícias como as dela. As mãos reconheciam a maciez daquelas coxas, que ela tão lindamente entreabria para mim, automaticamente, respondendo aos pedidos silenciosos feito com os dedos que mergulhavam e se ensopavam, sentindo-a tremer. Sons enrouquecidos saíam das nossas gargantas.
          Firme, impaciente, ela arrancou-me a camisa junto com os botões, jogando-a ao largo. Beijando o meu torso ocupou-se do cinto e do outro botão, em seguida do zíper. A trilha que a sua língua generosa fez circulando o meu umbigo e descendo me obrigou a fincar os pés com força, tensionando os músculos das coxas para não correr o risco de perder o equilíbrio assim, tão fácil.
          Apoiei umas das mãos na parede e a outra em seus cabelos, tentando conter a gula que ela demonstrava a qualquer momento, mas parecia inofensivo segurar-lhe os cabelos. Inútil resistir.
          As unhas percorriam-me as pernas. Ela me olhava provocante, mostrando o prazer que sentia, misturando-se ao prazer que eu jamais imaginei ser possível sentir. Não parou. Não parei. Movendo o quadril quis me aprofundar nela o quanto pudesse. Ao me afastar um segundo para retomar o fôlego, um arremedo de sorriso me acelerou o coração ainda mais.
          Prestes a desabar senti as mãos macias dela me conduzirem ao chão sobre o seu corpo forte, me acolhendo com um longo suspiro, me apertando com força contra si, espremida pelo meu peso, que tentei amenizar firmando as mãos em torno dela, no chão, como se fizesse flexões. Caso um dia me perguntassem, flexões eu diria.



 

          Os sons aumentaram, os gemidos, impossíveis de compreender, nos olhávamos em uma tácita combinação não assinada e explodimos juntos, prazeres indescritíveis.
          Trocamos de lugar sem nos distanciarmos um milímetro, e sobre mim ela pôde apoiar-se em meu peito, os cabelos lhes caindo sobre o rosto, o sorriso incontrolável da felicidade.
          Milhões de anos passariam sem que fôssemos capazes de esquecer, em qualquer tempo ou situação. Eu era o homem dela. Ela a mulher que me amava.



Marcelo Gomes Melo
 



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