O
guerreiro sofre e faz escolhas radicais que lhe testam a honra e a lealdade o
tempo todo, sem hesitação, sempre pronto ao sacrifício, disposto a encarar de
frente os perigos mortais e imortais por causas fantasiosas e fantásticas.
Ele não se importa nem um segundo com
o seu bem estar, com os seus desejos pessoais e objetivos que o elevariam como
um líder em um mundo de cordeiros.
Na realidade, o guerreiro é um ser
falho e subserviente, incapaz de lutar por algo menor como o núcleo de sua
família, a quem deixa desprotegida para defender, na sua concepção, coisas
muito maiores; um ideal, um líder e os responsáveis pelas regras e decisões que
controlam a população. O guerreiro é arma letal que cede a própria vida para
que o sistema mantenha o poder e elimine a todos os que discordem desses
parâmetros, sejam família, amigos ou estranhos em busca de participar
ativamente das decisões que favoreçam a todos, e não só a minoria privilegiada.
O guerreiro é um herói controverso,
por iludir, sem saber, a maioria, e obedecer humildemente aos tubarões que
tratam o povo como objetos dispensáveis, meramente alimento para as máquinas
que são programadas para manter o equilíbrio do planeta através dos anos, sendo
sacrificados de inúmeras formas, cruelmente, para que os grupos seletos dos
líderes mundiais mantenham o poder e com ele os benefícios. O resto é teoria da
conspiração, fumaça de pneus para confundir ainda mais, servindo de distração
aos que caminham lentamente em direção do matadouro.
Marcelo Gomes Melo
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