Rugir
como um leão nem sempre é eficiente, a não ser que atinja as suas próprias más
decisões. Então considere a ideia de apavorar a si mesmo no espelho para
acordar e reconhecer os próprios enganos, erros que o enterrarão fundo em um
buraco sem fundo, assustador, com ações que minarão a sua coragem, a autoestima
e força de vontade para retornar à margem com mais uma chance de lutar.
Agir como um leão raivoso contra o
mundo pode apresentar resultados imediatos, mas efeitos colaterais, como
extinção de amigos e um imenso vazio por dentro que o farão questionar a sua
posição social e o seu valor como indivíduo merecedor de reconhecimento e amor.
A maior disputa de um homem é consigo
mesmo e contra a sua porção sombria, aquela que o impele a reagir violentamente
sem necessidade, incapaz de reconhecer os seus benfeitores, as pessoas que o
amam de graça, que esperam compartilhar as suas dores diminuindo o seu fardo
apenas para lhe ver sorrindo feliz.
E é óbvio que para perceber isso é
necessário sensibilidade e capacidade de se entregar como pessoa, oferecendo em
troca tudo o que recebe naturalmente. Tão rotineira que parece comum, embora
sejam pérolas de amizade e riqueza de afeto.
Os rugidos são necessários, mas devem
ser direcionados corretamente, controlados a ponto de acertar o alvo e
reverter-se em bons fluidos para continuar a vida.
Em um mundo frio e indiferente,
pessoas conectadas por interesse mútuo e alegria pela vitória do outro,
constroem uma parte indestrutível para refazer uma sociedade justa e em
constante evolução.
Marcelo Gomes Melo
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