As condutas que regem o comportamento
Eu
conto piadas para mim mesmo. Mentalmente. E ainda dou risada. Às vezes
mentalmente. Acho que não sou muito certo da bola. Impassível como uma esfinge,
quase o tempo todo, mas fervilhando por dentro. Todas as emoções em pura
ebulição.
Os outros me olham, mas não me
enxergam. Muitas vezes os flagro me observando como a um alien. Não faço parte
do senso comum, por mais que me esforce. De vez em quando me esqueço e é aí que
fica ainda mais à margem. Mulheres costumam gostar dessa distorção. Amam o que
acham misterioso. E eu acho tedioso o que a maioria parece gostar. Odeio
qualquer tipo de hipocrisia e discurso politicamente correto. É deprimente.
Prefiro manter a sabedoria do silêncio a atirar pérolas aos porcos. Sempre
reforçando que “atirar pérolas aos porcos” é apenas um ditado popular usado há
séculos, e não alguma tentativa de desqualificar minorias como a dos porcos,
longe disso!
Vivo me questionando a respeito da
conduta que regem o meu comportamento, mas jamais tenho dúvidas sobre as quais
escolhi. Estando errado dou de ombros, sacudo a poeira do jeans e sigo em
frente. O sangue deixado na terra entra na conta de doação para fertilizar o
mundo com algumas ideias.
Os dias são diferentes para cada um, e
a abertura da lente muda de acordo com a situação, deslindando visuais
diferentes com visões específicas, particulares, o que torna o planeta único.
A cada olhar uma interpretação, para
cada problema uma solução, para cada viver, prazeres maravilhosos, uns
individuais, outros coletivos.
Eis
a razão para o permanente autoquestionamento. Enveredar-se pelos caminhos da
própria alma melhora a compreensão do universo.
Marcelo Gomes Melo
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