O poder das lâminas no olhar dela
Para falar das lâminas
Nos
olhares dela
É
preciso não se importar
Com
a devastação que produzem
No
meu coração ingênuo
Coberto
por palha
Alimentado
a mingau e vodca.
Admito,
não estava preparado
Para
a chegada incomum dela
Em
vulto, depois em calmaria
E
finalmente, tempestade.
Essas
alternâncias dizimaram
O
meu relógio inumano, frio
Forjado
em mármore e marfim
E
me tornaram sensível ao seu encanto.
Então
não falarei das lâminas
Que
me transportam para a realidade
E
significam insatisfação
Com
alguma coisa, qualquer coisa
Que
eu não tenho ideia
E
que ela jamais dirá.
Um
tipo de sofrer diferente
Esse
tal de amor
Que
os poetas e os tolos
Procuram
definir
Sob
uma chuva de facas
Conseguindo
se aproximar
Trançando
versos sublimes
Que
jamais corresponderão
À
verdade
Melhor
trançar os cabelos dela
Visualizando
a beleza do mundo
Sobre
seus ombros macios
Daqui
dessa montanha de prazeres.
Marcelo Gomes Melo
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