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Em busca de lírios







           Cavoucando em busca de lírios encontrei terrores que me enlamearam as mãos.

          Descobri segredos dourados que me enriqueceram materialmente e me puxaram de uma vida torpe para outra vida torpe, fantástica, além do cemitério.
          A visão que se tem do palácio é miserável de horizonte a horizonte. Enfiado em sedas respirando o ar dos jardins, chega a ser inacreditável o horror que causa toda a natureza morta espalhada à distância das mãos, mas intrínseca ao coração.

          Quem vive como escolhido perde a noção do que acontece sob a triste realidade, protegido em seus castelos dourados e torres de marfim, filosofam a respeito de jogadas que jamais fizeram, por serem apenas mecenas dos verdadeiros enxadristas, os manipuladores que desenvolvem as queimas e controlam o caos friamente, sem lamentar os efeitos colaterais, as vítimas, a matéria prima para a produção de benefícios e delícias.
          O prazer dos nascidos em berços marcados não atinge todos os sentidos, pois não conseguem afastar a escuridão quando miram, inocentes, as amplas janelas. É isso que lhes gela o sangue e os obriga a pensar num futuro sombrio. Só essa possibilidade já os envelhece em mil anos!

          O que se enxerga dos campos vermelhos é promessa de amor e imortalidade, vitalidade sem escrúpulos e sorrisos constantes. Mas sempre há um ponto em que todos descobrem inapelavelmente que só os lírios vivem para sempre.




Marcelo Gomes Melo


2 comentários:

  1. E quem lamenta o caos e as vitimas por mais de uns dias?
    Podem se juntar e chorar e em pouco tempo voltam cada um a seu posto de mero observador.
    Mas o que mesmo todos observam?
    Hã?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lamenta-se, indeterminado. Observam o espelho, quem sabe?rs... Valeu, Silmes!

      Excluir

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