Os sons que atormentam o mundo!
Por
que não param de falar? É um excesso de palavras desnecessárias e sons
estridentes, apalermados, poluentes. Nada significam, será que não o percebem?
Inundam o planeta com seus sons
aleatórios, contando as suas vidas ocas a quem esteja disposto a ouvir; aliás,
a sobra de palavras inibe aos ouvintes, que são minoria, e sofrem com a
ausência de qualidade das coisas que são obrigados a ouvir.
Todos querem opinar sobre o que não
conhecem. Não interessa estudar o assunto, dominar a matéria sobre a qual se
deseja opinar para contribuir com qualidade, o que importa é fazer barulho,
repetir palavras ouvidas não se sabe em que lugar, proferidas sabe-se lá por
quem e se sentir confortável com a situação.
Um novo tipo de poluição que tomou
conta do mundo como um vírus para o qual não existe vacina. A incapacidade de
manter o silêncio, analisar os fatores e então melhorar o que se diz é notória.
Seres despreparados para criar um
ambiente saudável são maioria inconteste nessa sociedade em que os gritos valem
mais do que qualquer ponderação, e a algazarra se torna garantia de consciência
política.
O jornalista Hélio Ribeiro, famoso
locutor de rádio em São Paulo nos áureos tempos, indagava de maneira perspicaz:
“Quando não há diálogo, de quem é a culpa? Da boca ou do ouvido? ”. Caso
houvesse um pouco de silêncio que servisse para acelerar o poder do raciocínio,
talvez fosse um enorme mote filosófico para melhorar as atitudes.
Marcelo Gomes Melo
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