Com uma arma entre as flores
Ela
caminha entre flores
Com uma lâmina em cada mão
E o sangue que derrama
Confunde-se com a cor de seu esmalte
Ela
caminha entre árvores
Com uma arma de fogo em cada mão
E apesar de se encolher com o barulho
É incapaz de conter uma expressão de
prazer
A cada corpo que tomba aos seus pés
O
odor de pólvora a seduz
Mas não tanto quanto o sangue dos
mortos
Que mancha seus pés cadavéricos
Ela mal toca o chão enquanto caminha
Entre as lúgubres rosas
Observa
de relance os espinhos
Cravados nos corpos ensanguentados
Segue adiante distraidamente
Deixando a reboque centenas de vítimas
Ela
caminha entre lírios
Carregando uma espada em cada mão
Exterminar é o seu destino
Não sentir é o seu prêmio
Destruição será eternamente
O seu mundo feliz.
Marcelo Gomes Melo
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