Crianças,
ou adultos em miniatura?
Uma professora agredida
por uma criança de oito anos, violentamente, com uma mesa, fazendo-a parecer um
personagem de filmes de terror americanos, a testa aberta e o rosto se esvaindo
em sangue. A suposta explicação: o garoto era extremamente agressivo e
apresentava problemas psicológicos há tempos, e fazia parte da proposta de
inclusão, porque assim se afirma que seu comportamento se tornará melhor.
Esperem aí! Isso não é patologia encontrada em, no máximo adolescentes? Argumentando
como leigo, é claro, me pergunto se tais comportamentos agora infestam
crianças; e se logo, logo os recém-nascidos, nos berçários apresentarão
distúrbios comportamentais tão sérios que as enfermeiras passarão a andar
armadas com escudos e cassetetes da tropa de choque.
A partir desses acontecimentos bizarros surgem diversas
hipóteses, tendo em vista a formatação da sociedade atual, guiada pela
televisão, que molda o comportamento da grande maioria das pessoas e, ao que
parece, sempre para pior.
Primeiro surgiram os pais
cafetões, radicalizando o que antes era mais light com as mães de
misses, ou as mães empresárias que obrigavam as meninas a se tornar bailarinas,
realizando os sonhos que elas, mães, não conseguiram realizar. Esses pais
modernos obrigam os filhos a vestir terno e gravata, beber ovo cru e fazer
enormes sacrifícios para encher o bolso de dinheiro. Fama é tudo, ser tratado e
respeitado como um ser humano é nada. Mesmo sendo o próprio filho, criança ou
adolescente.
Surge uma indústria inteira, mobilizando muito dinheiro, de
crianças se vestindo e falando como adultos, treinados a usar maquiagem,
shortinhos e roupas inadequadas para a idade, pensar como se fossem adultos
ávidos pelos quinze minutos de fama, ignorando fases importantes de
desenvolvimento pessoal, de vida e de educação. Não brincam como crianças
normais, não realizam os afazeres importantes a crianças normais e abdicam dos
prazeres infantis extremamente necessários a todas as crianças normais.
A produção de adultos em miniatura está em pleno
desenvolvimento, e com ela, todos os malefícios que se escancaram e chocam aos
que tiveram infância e aprenderam a respeitar todas as etapas necessárias à
formação de um ser humano útil e saudável.
O que presenciamos hoje em dia são cenas estarrecedoras que
se repetem em diversos lugares e situações, e que sugerem que a fôrma de
psicóticos aceita candidatos cada vez mais jovens, como maior capacidade
destrutiva a cada momento. E os responsáveis? Quem são os responsáveis? Como os
faremos pagar e como essa situação trágica vai mudar? Para melhor, quero dizer.
Como? Como?
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