Desafios
da vida contemporânea para as práticas de ensino da língua portuguesa
O ensino da língua
portuguesa na sociedade contemporânea tem apresentado inúmeras dificuldades e
desafios por conta da evolução constante dos indivíduos e do surgimento de
novas maneiras de pensar e agir individual e coletivamente, da quantidade de
informação obtida e da velocidade com que ocorre, alcançando automaticamente a
um número maior de pessoas e exigindo ações eficazes com o intuito de facilitar
a decodificação e produzir seres capazes, reflexivos e críticos, que formem
opiniões e participem diretamente da vida em sociedade.
O impacto decisivo causado pela globalização nos meios
educacionais, principalmente motivados pelas novas tecnologias, possibilitou
maior acesso aos chamados letramentos extraescolares, que mostraram ser
necessários além dos gêneros escolares na capacitação de alunos competentes. As
práticas de ensino-aprendizagem, então, requerem novas estratégias e ações que
visem superar os desafios surgidos ao mesmo tempo, adequando a língua
portuguesa às necessidades prementes do educando desejoso de inserir-se
ativamente no mundo social.
As dificuldades, entretanto, surgem exatamente no acesso da
grande massa de alunos não pertencentes à elite, ao encontrarmos indivíduos
distanciados da norma culta da língua, com a sensação de que a mesma é desnecessária
porque jamais a utilizarão. O fato de os profissionais lidarem com uma língua
bastante complexa e assustadora pode aparentar que é arcaica e ultrapassada; em
contrapartida, as dificuldades de uso das ferramentas tecnológicas por parte
dos professores colaboram para que os problemas aumentem e afastem os educandos
de um mergulho mais proveitoso e sem
traumas.
A resistência do corpo docente às mudanças é outro desafio
a ser superado, assim como uma maior participação da família na educação dos
filhos; família essa que hoje apresenta moldes bem diferentes dos originais,
tornando-se mais uma dificuldade a transpor para encaixar um ensino que
demonstre eficácia.
Antigamente a vida cotidiana não fazia parte da cultura escolar, e os
saberes ensinados pela escola diferiam dos saberes cotidianos, coisa que hoje
em dia é impossível separar. A utilização dos recursos tecnológicos para produzir
conhecimento, desde que devidamente dominados pelos profissionais, fatalmente
diminuirá a distância entre escola e dia-a-dia, modernizando a aprendizagem,
tornando-a atraente e prazerosa, despertando um interesse natural sem táticas
de motivação artificiais ineficientes.
Cabe à escola reconhecer que não mais detém o monopólio,
passando a utilizar novas linguagens e saberes além dos já consagrados,
favorecendo o desenvolvimento de uma juventude até bem pouco tempo ausente dos
benefícios da educação formal por diversos motivos.
A democratização do
ensino em geral favorecerá ao ensino da língua portuguesa, desde que tais
desafios sejam percebidos e superados por uma ação coletiva e consciente.
Marcelo
Gomes Melo
muito boas suas postagens gostei do blog ha me visite mais vezes aguardo por seus comentarios
ResponderExcluirhttp://juniorcis.blogspot.com
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grato
junior