Quem vai dar a primeira estilingada
na barata alheia?
Dizem
ser intrínseco ao ser humano a vontade de julgar aos seus semelhantes. O fazem
desmesuradamente e sem nenhum pudor. Falando mal de Deus e de todo mundo como
esporte e falta do que fazer.
Como isso é feito indiscriminadamente
e com reciprocidade, não há culpados ou inocentes; quem prejulga hoje, sem se
preocupar em analisar motivos, razões ou necessidades alheias, será vítima do
mesmo veneno num futuro muito próximo.
As atrações dos meios de comunicação
hoje em dia envolvem falar da vida alheia, expor fatos que deveriam ser
mantidos na intimidade de qualquer pessoa normal, famosa ou não, e como em um
circo debater abertamente criticando, opinando como se tivessem o direito de
dizer aos outros o que fazer e como se comportar.
Estamos em uma guerra, e as pessoas se
utilizam das armas que possuem. Quando criticam, os indivíduos focam nos
pecados alheios e esquecem dos próprios, agindo de maneira hipócrita e achando
que as vítimas de sua fúria são sempre piores de caráter e desconhecedores da
decência.
Para citar um caso peculiar, a moça
que se diz modelo e atriz, Andressa Urach, expondo-se em um programa de tevê
polêmico, de humor duvidoso, que toma por base os preconceitos para fazer rir,
conscientemente falando de suas intimidades sexuais em linguajar chulo, em
princípio, para o julgamento público sem necessidade alguma. E uma chuva de
adjetivos, impropérios e xingamentos são destinados à moça, que só faltou ser
chamada de santa nas redes sociais.
O paradoxal nisso tudo é que as mesmas
pessoas que julgam são as que assistem ao programa! E, além disso, são as que
permitem que suas crianças assistam e tomem como exemplo o comportamento da
garota, criticado por eles. Ninguém pensou que talvez houvesse um motivo, ou
mil motivos para que ela aceitasse se expor dessa forma; e que esses motivos
por si só justificariam suas atitudes.
O que precisa ficar claro é que o
maior censor que existe atende pelo nome de controle remoto. Ao invés de
assistir para criticar ou contribuir para o aumento de audiência e alimentar a
existência desse tipo de programa ou de exposição íntima hardcore
desnecessária, basta acioná-lo e trocar de canal.
Para manter a sanidade e os seus
princípios, troque o canal!
Marcelo Gomes Melo
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