A ferramenta mais poderosa da face da Terra
Hoje
em dia ninguém faz mais nada sem a prodigiosa ajuda da mídia. Ninguém compra
uma tevê que não lhe proporcione status, nem compra um automóvel que pessoas
importantes não tenham nem recomendem; ninguém assiste a um filme que não seja
aclamado pela crítica ou curtido por trilhões de desconhecidos nas redes
sociais.
Será que o ser humano perdeu a
capacidade de analisar as coisas por si mesmo? São todos incapazes de gostar de
algo que não seja abonado por uma grande maioria? É mais confortável ser parte
da maioria, escondendo convicções em nome de fazer parte de uma maioria zumbi,
cega para os detalhes que possam ser de maior utilidade em determinados casos e
lhe tiraria da imensa base da pirâmide de seguidores sem opinião própria?
Pessoas que votam no candidato que
acham que vai vencer a eleição, mesmo que não acreditem nele nem em suas
propostas têm apenas um objetivo, que é dizer com orgulho que faz parte do lado
vencedor. Não interessa que isso lhes custe a opinião própria, os ideais ou até
algum lucro, moral ou financeiro.
Quem é que compra um produto sem
esperar que milhares de rostos sorridentes o convençam na televisão, tomando os
seus comentários como verdadeiros além do próprio julgamento?
E as atividades culturais? Só se
assiste a uma peça teatral se os atores aparecerem em novelas, só se compra uma
música se ela for cantada eternamente em todos os lugares da moda, mesmo que
seja de qualidade duvidosa, só se compra um livro se o autor for alguém que
cause polêmica suficiente para torná-lo celebridade, porque o status social
deve ser mais importante do que a obra para essas pessoas; o conteúdo não é
muito importante, afinal, na maioria das vezes nem será lido mesmo, servirá
como peso para segurar a porta.
Por que cada vez mais as pessoas
sentem enorme desconforto em tomar as próprias decisões, sem seguir a boiada?
Autonomia vale ouro! Livre arbítrio é essencial!
Tomar as próprias decisões é a última
barreira que impede que se faça parte da população dominada e direcionada pelas
opiniões alheias sem fundamento e importância pessoal, porque vão de encontro
às convicções enraizadas na alma. E são essas convicções que impulsionam e
mudam o mundo!
Marcelo
Gomes Melo
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