Pequenos tiranos dominando a
sociedade brasileira
Os pequenos tiranos, armados com seus
ternos Armani e gel perfumado nos cabelos caminham impávidos, de peito estufado
e olhar acima do horizonte, procurando por qualquer câmera de televisão para
derramar sua verborragia inócua aos microfones, ávidos por demonstrar status,
riqueza, arrogância e imbecilidade.
São esses tiranos os que manipulam as
leis e as distorcem ao seu bel prazer, não hesitando em utilizá-las de acordo
com os próprios interesses, buscando ampliar o poder e beneficiar a si e aos seus
protegidos importantes, os donos do dinheiro.
Criadores de terroristas, é o que
esses pequenos tiranos são! Para o próprio deleite adoram contrariar o desejo
do povo, citando a base legal como desculpa, desdenhando dos que, segundo eles,
desconhecem a letra fria da lei. Mas são legalistas desprovidos de senso de
justiça; e a lei sem justiça, não serve ao povo. Tais pequenos tiranos
sentem-se deuses, capazes de tudo, quando fazem ouvidos moucos aos clamores das
ruas. Subjugar os desejos da população sob uma epiderme legal fria e fina como
gelo é o seu afrodisíaco.
É por isso que, em um país que jamais
produziu terroristas natos, há a ampla possibilidade de surgirem radicalistas
extremos fruto da ação manipulatória sem medidas desses tiranos em miniatura,
os novos playboys das praias, que exacerbam do direito de ser cruéis até que
percebam o caminho sem volta no qual se encontram. Não são deuses, são seres
mimados advindos de berços de ouro que agora exercem o poder de manipular as
leis criadas por seus ancestrais e se julgam acima do Bem e do Mal. Esse tipo
de gente costuma perceber que exagerou apenas quando as massas batem às suas
portas, cobrando a conta pela ditadura branca. E quando isso acontecer será
tarde demais.
Marcelo Gomes Melo
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