Apaixonados buscando uma forma original de tratamento
-
Prazer! Prazer, vem aqui por favor.
- O quê? “Prazer” sou eu?! Você
enlouqueceu, meu amor?
- Ah, não adianta sorrir, vai... Eu
estava pensando em uma coisa.
- E essa coisa envolve prazer?
- Sim! Quero dizer, todo mundo que se
ama parece inventar maneiras peculiares de se comunicar, com apelidos
esdrúxulos e carinhosos.
- Tem razão, é mesmo. Menos nós dois.
- É que... Eu sei, são altamente
brega, mas eu estava confabulando, cérebro e coração, e acho que o amor é
brega. Então...
- Então devemos encontrar um apelido
carinhoso para nós dois.
- Eu já encontrei o seu, garota! Você
é a definição de prazer para o meu combalido cérebro e resistente coração.
- Então me resta encontrar um apelido
para você, meu amor?
- Claro, desde que não seja algum já
exaustivamente utilizado como “Mozão”, “Benhê”, “Coração”, “Vida”...
- “Vida?!”
- Sim, nunca ouviu? Eu já, e achei
terrível, Prazer.
- Rs... Você me obrigar a tentar ser
original em uma área bastante batida, garoto.
- Bom... Vou lhe dar uma dica: os
casais escolhem os seus apelidos de acordo com o nível de paixão que sentem.
-
Não pode ser verdade! Há inúmeros “Gordo”, “Feio”, “Fubá”, “Moreco”, “Bebê”...
Por aí.
- Eu nunca disse que o amor deixa as
pessoas inteligentes; apenas ridículas.
- Hum... Pensando em algo.
- Algo ridículo ou esperto, Prazer?
- Não atrapalha, estou em processo de
produção de uma pérola.
- Ah, desculpe, Prazer, ficarei
quietinho aqui.
- Uau! Pronto, meu amor, encontrei o
seu apelido carinhoso.
- Mesmo?! Manda! rs...
-Eu vou te chamar de “U”.
- “U”?! Hum... “U”... Legal. Posso
saber o porquê? Nem é a primeira letra do meu nome!
- Mas é tudo o que você significa para
o meu cérebro genial e para o meu coração aquecido.
- Aceito, Prazer! Rs... “U”! Hã... “U”
de quê, hein?
- “U” de único!
Marcelo Gomes Melo
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