Manual exótico descritivo das fêmeas humanas e seus tipos (A culpa é da cachaça!)
Ouve-se
por aí que os verdadeiros machistas usam Armani e guiam carrões importados,
exibindo currículo e cartão de crédito para comprar a qualquer mulher, seja ela
feminista ou não, ao contrário dos pobres coitados que, por conta do álcool de
péssima qualidade em excesso, façam piadas sobre elas em torno de uma mesa de
bar.
A mesa de um boteco é um altar no qual
os homens comuns se acomodam em torno com o objetivo de venerar as mulheres,
musas maravilhosas pelas quais bebem em louvor à beleza monumental delas e
lutam para compreender a sede que elas têm de poder para dominar e escravizar
os seus homens. E os escravos fiéis ali entornam o caldo de cevada gelada e o
suco de cana de açúcar em homenagem perpétua à consciência que têm de que são
inferiores e apaixonadamente submissos aos seus desejos.
Um
camaleão trajando Lacoste, dirigindo Ferrari e calçando Ferragamo não tem a
mesma capacidade. Tudo o que esses caras fazem é fingir, comprando suas
mulheres e enfeitando-as como a uma bicicleta de pedreiro, embelezando-as para
colocar em uma vitrine, ou passarela, e demonstrar o quão poderosos se
tornaram. Nunca ousarão fazer piada com parte do próprio patrimônio, para não
perderem valor na hora da troca por modelos mais novos e com tecnologia mais
avançada. Mas leem o manual das garotas de todos os tipos filosoficamente
falando, para se manterem informados do que desejam caçar.
Então, caros leitores, entendam o
funcionamento real da visão sobre as fêmeas, delineado nos bares humildes ao
som de bolas de bilhar sendo encaçapadas e comemoração permanente pela
existência das mulheres, seres reconhecidamente sensacionais.
Sem
mais delongas, isto posto, segue uma demonstração singela dos inúmeros e
incontáveis tipos femininos existentes para manter a escravidão masculina para
sempre.
I-
Mulheres
McDonald’s: modelo jovem de fêmea; começa a ser comida com os
olhos e a fila para adquiri-la é imensa! Mas depois de tê-las comido fica-se
com a sensação de que se consumiu plástico;
II-
Mulheres
Romã:
não tem um grande apelo visual, geralmente há pouquíssimas na feira, e quem
adquirir não consegue descrever se há ou não algum sabor;
III-
Mulher
Ostra: essa é casca dura e escorregadia, mas os esforços
para fazê-la abrir-se costumam ser recompensados com uma pérola;
I-
I- IV- Mulher
Melancia: destaca-se pela beleza e abundância, mas todos
sabem que é impossível comer sozinho;
I-
I- V- Mulher
Curry: essa requer estômago forte e demonstração de força
e raça, porque lhe fará cuspir fogo;
I- VI- Mulher
Pudim de Leite condensado: você sonha com ela, deseja, como,
come, come... Enjoa. Precisa dar um tempo antes de voltar a degustá-la;
I- VII- Mulher
Abelha: zumbe em seu ouvido permanentemente, dia e noite,
sem parar. Se não lhe enlouquecer, você tem esperança de comer o pote de mel;
I- VIII- Mulher
pão de forma: é chata, quadrada e tem miolo mole;
mas se você está de dieta, vá em frente!
I- IX- Mulher
Sopa:
só tem osso, mas você pode jogar azeite, açúcar e lamber até não poder mais;
I- X- Mulher
Granada: você manuseia com cuidado, carrega com carinho,
mantém a uma distância segura, e quando o perigo aumenta você puxa o pino e
atira pra longe!
Esse Esses exemplos simplórios foram construídos com a ajuda de garrafas e garrafas de cerveja, litros e litros de cachaça com a única intenção de glorificar os seres maravilhosos que nos permitem, uma vez por semana, escapar da prisão domiciliar para demonstrarmos nossa veia cômica espetacular, mas que não pode ser exercida em território hostil, como a Faixa de Gaza de nossas residências.
Marcelo Gomes Melo
exe
I-
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