Como
um pecador deve argumentar com Jesus Cristo
O padre Antonio Vieira
foi um dos religiosos portugueses que aportaram na terra brazilis com o
propósito de catequizar aos seres que, segundo a arrogância predominante e à fé
cega, não tinham alma, pois não serviam ou conheciam o deus europeu. Os brasileiros.
Índios. Índios brasileiros donos das terras e de toda a riqueza que sustentou
Portugal, procrastinando sua decadência financeira.
Vieira era um excepcional pregador, conhecedor dos escritos
bíblicos e possuidor de uma verve exemplar; uma capacidade incrível de
convencer através de argumentos astutos e irrefutáveis, tendo como símbolo
maior da veracidade de seus discursos, nada mais, nada menos do que o próprio
Deus, Todo Poderoso.
Em sua obra “O sermão da sexagésima”, realizou um trabalho
genial de teor religioso, que transcendeu as Eras e marcou o estilo literário
com magnífica qualidade, versando metalinguisticamente sobre a arte de pregar
em quinze volumes. A clareza, a coesão e a coerência, bem como o pensamento
lógico, transbordam como principais características do texto.
No exemplo a seguir, versos de um poema do padre Antonio,
no qual um ser humano simples, pecador, e ciente dos seus pecados, argumenta
com Jesus Cristo através da oração, reconhecendo as próprias falhas e,
inteligentemente solicitando o perdão de forma a não deixar espaços para que
seu pedido seja negado.
No poema, Vieira faz
referência à parábola do filho pródigo, comparando a si mesmo a uma ovelha
desgarrada, e apresenta a noção de proporcionalidade, insinuando que, de acordo
com os desígnios divinos, quanto mais o homem peca, desde que se arrependa,
mais Deus é compelido a perdoá-lo, oferecendo-lhe uma nova chance.
A Jesus Cristo nosso
Senhor
(Padre Antonio Vieira)
Pequei, Senhor; mas não
porque hei pecado
Da vossa alta clemência me despido.
Porque quanto mais tenho delinquido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido;
Que a mesma culpa que vos há ofendido
Vos tem o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida já é cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada;
Cobrai-a, e não queirais,pastor divino.
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Marcelo
Gomes Melo
Nossa Marcelo não sabe como ando interessada nesse tema. rsrs
ResponderExcluirE a musica é simplesmente linda.
Eu adoro o Barão, adoro as bandas todas dessa epoca, ate Camisa de Venus que muito detestam. rsrs
Beijão lindo.
Esse é o conteúdo de uma aula sobre o Barroco, Silmes; usei um trecho de um sermão do Padre Vieira, que era bastante polêmico à época em suas atitudes.
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