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        Castelo assombrado: o ambiente escolar não é mais como era antes

Quem frequentou a escola há um bom par de anos não a reconheceria mais, vendo a forma como está hoje em dia, tanto física e estruturalmente quanto no comportamento de seus usuários.

Aquela aura de templo do saber parece ter se perdido, e as pessoas a enxergam mais como um enorme supermercado ou feira livre, pelo ambiente caótico provocado pela inquietude das pessoas que transitam pelos seus corredores e salas, assombrando castelos.

Inquietude é algo bom para jovens sedentos, à procura de uma fonte incessante de conhecimentos, principalmente em um ambiente supostamente preparado para fomentar a pesquisa. Mas, e a inquietude ruim? Aquela carregada de desmotivação, de quem não sabe a razão de estar ali, a não ser para dar vazão aos instintos nocivos de destruição, autodestruição e desprezo por regras e normas de convivência?

Os espaços físicos melhoraram. Há mais espaço e qualidade, salas iluminadas, salvo as exceções de praxe e diversas opções extraclasse para que se exerça a ação de aprender, de produzir, formar opinião. Mas, e quando o excesso de ferramentas disponíveis causa ainda mais problemas e confusão, sendo pessimamente utilizadas? O uso simultâneo tira o objetivo central e expõe a falta de limites aos exageros comuns à idade.

O comportamento dos jovens é outro. A noção de rebeldia foi inteiramente modificada para pior, dentro dos parâmetros aceitáveis, fruto, talvez, do caos social vivido atualmente, com o descontrole da mídia produzindo lixo em troca de dinheiro, e a publicidade incitando o consumo a qualquer custo, mesmo sem ter como pagar o que se consome.

O ambiente escolar adquiriu contornos estranhos, com teses radicais se opondo às liberdades e intenções retrógradas atravancando às progressistas. No meio de tudo isso se perdeu o ajuste, a sintonia fina que permitiria alcançar o equilíbrio tão sonhado.

Fala-se em motivação quando se deveria pensar em obrigação; exaltam-se os direitos quando seria imprescindível marcar os deveres. Defende-se que o ensino deve misturar-se às pantomimas e brincadeiras, tornando-se algo lúdico e aparentemente sem valor, quando pantomimas e brincadeiras são apenas acessórios para ensinar e não a definição formal de ensino.

Hoje a visão é de que a escola é um shopping Center que deve oferecer facilidades aos alunos, ao invés de criar obstáculos pertinentes para que sejam transpostos por eles, ajudando a formar o caráter e o conhecimento formal, aprontando-os para a vida em sociedade.

A arte está em alcançar a mistura ideal que possibilite o retorno da respeitabilidade escolar. Que seja novamente um templo dedicado à formação moral e intelectual, e não brinquedo nas mãos de pseudo políticos educadores irresponsáveis e de mágicos da publicidade, que modificam o cerne do ensinar e do aprender por mero modernismo.

 
                                       Marcelo Gomes Melo
 

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