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“A  fome e o fim do mundo”

 

           Cada vez mais Organizações sem fim lucrativos são criadas com o intuito de aliviar a pressão social sofrida pelo número cada vez maior  de pessoas desprovidas de condições mínimas para sobreviver nas cidades grandes. Gente sem moradia, sem emprego, sem alimentação, sem qualquer esperança de se igualar aos chamados seres humanos. Sim! Essas pessoas não consideram a si mesmas, e não são consideradas por muitos, seres humanos!

          Como aborda em seu mais recente thriller, “Inferno”, editora Arqueiro, o escritor Dan Brown, a superpopulação ameaça a sobrevivência do mundo como o conhecemos, levando em consideração a precisão da OMS de que logo haverá mais pessoas do que alimentos na Terra desencadeando uma série de problemas que impediriam a natureza de reciclar-se sem o surgimento de catástrofes que, supostamente diminuiriam drasticamente a população, facilitando a sobrevivência do planeta.

          Trata-se de fantasia? Talvez. Mas, voltemos ao início: ONGs no Brasil, mais especificamente em São Paulo, trabalham há anos tentando introduzir uma alternativa de desenvolvimento sustentável, oferecendo projetos de relevância social, econômica e ambiental, como por exemplo, a “Organização Cidades sem Fome”, www.cidadessemfome.com.br, que desenvolve um sistema de hortas comunitárias com o objetivo de, utilizando-se de áreas públicas ou privadas sem uso específico, proporcionar trabalho e capacidade de produzir, comercializar e utilizar-se dos produtos às comunidades carentes. Partindo desse principio, diversas outras possibilidades surgem. O combate à desnutrição e à violência e o benefício ao meio ambiente urbano através da educação e conscientização dos indivíduos.

          Apoiar e divulgar trabalhos como esse, que forma técnicos em agropecuária e se alia  à escolas, públicas e privadas, é um gigantesco passo para colaborar com o futuro das gerações famintas, ou mal alimentadas, tanto de corpo quanto de espírito. Porque almas com fome não podem exercer o dever e o direito de cidadania.

                                    Marcelo Gomes Melo

 

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