Decrepitude
e falência da vida pura
Humanos
são como flores, apresentam um ciclo de vida parecido e inexorável, que muitas
vezes são alterados bruscamente, sempre para pior, envolvendo o egoísmo e a
maldade de alguém.
Nasce sem querer, por causa da imposição
de outros dois seres irresponsáveis que precisam de “algo” para brincar, um
instrumento para, mais à frente amenizar a solidão, para que os outros admirem
e invejem, e para faturar algum dinheiro colocando-o na TV como um pequeno
espantalho com ventríloquo.
Muitos são dispensados ao nascer e
ficam à mercê de outros que, por não terem o próprio brinquedo adquirem um que
esteja largado, e, além de conseguir satisfazer o próprio ego ainda ficam bem
na foto com a sociedade, heróis urbanos sensacionais.
Vivem uma existência de dissabores,
por mais rica que seja, treinados de acordo com a visão dos seus donos. Os
avançados ensinam coisas pouco aceitáveis, valores nojentos que fogem aos
padrões seculares. Os tradicionais fazem o que podem, e mesmo assim não terão
certeza sobre o monstro que criaram até a desgraça esteja à vista na
superfície.
Morrem depois que aprenderam toda a
podridão e já repassaram aos novos malditos que trouxeram ao mundo para
continuar com a decrepitude e falência da vida pura.
O período de beleza escoa-se e o mal
toma conta. Futuristas visionários mostram no que se tornarão em breve; zumbis
inúteis e patéticos, murchando após vagar por uma terra seca e destruída,
espelho do interior desses seres que não pediram para nascer, mas imploram para
morrer, sem ter força nem para isso. Porque quem abdica da própria vida é
covarde demais para viver.
Humanos não servem para nada, não
valem nada, são os gafanhotos dos gafanhotos do mundo! Como diria Jean Paul
Sartre: “O ser humano é uma paixão inútil”.
Marcelo Gomes Melo
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