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O mundo não vai acabar. A humanidade, sim.








          Observando para-raios e quintais, fins de tarde e amanheceres, conversando com os meus botões e zíperes, cheguei a uma conclusão até certo ponto salutar. O mundo não vai acabar. O planeta, organismo gigante e poderoso continuará a reciclar-se lentamente, jogando fora tudo que o fere e pretensamente tenta alterá-lo.
          O mundo é imortal; talvez não imortal, mas de vida longa o suficiente para não fazermos a mínima ideia através do nosso parco sistema métrico ou qualquer outro tipo de ciência artificial criado pelos homens sabe lá Deus como.
          Já os inquilinos do mundo, a humanidade, que se coloca no topo da cadeia alimentar e passa a inventar coisas que prejudiquem uns aos outros, egoístas e impiedosos seres mal-educados, mal formados e lotados de péssimas qualidades, ou seja, os piores defeitos dentre qualquer outra espécie, esse tipo sim, vai acabar.
          É um dos talentos imundos dessa raça, acabar com todos os recursos ao seu redor e vangloriar-se de implantar a fome e a guerra, destruindo aos seus pares em grande escala para utilizá-los como escada para alcançar e dominar algum planeta virgem, apenas para os escolhidos, os assassinos cruéis e frios que comandam a bilhões de pessoas através da corrupção, da calúnia, da mentira e da religião.






         A humanidade está por um fio, acomodada a um trem descarrilado rumo às profundezas do inferno. Não sobrarão testemunhas, mesmo os dominadores morrerão. Essa espécie se perderá na história do universo para sempre, e o planeta continuará azul, reciclando-se de acordo com as avarias causadas por seus moradores.
          Outras espécies virão e, dependendo da própria natureza, prosperarão ou serão dizimados, tal e qual os humanos.
          O universo em lenta e constante mutação apenas piscará os olhos, atento e entediado.
          E os mais orgulhosos idiotas sumirão assim como surgiram: sem saber.




Marcelo Gomes Melo

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