Um presente sombrio é garantia de ausência de futuro
Adolescentes
costumavam se apaixonar “para sempre em trinta segundos”, em tempos não muito
distantes. E sofriam e se divertiam em doses iguais, tornando a existência na
escola e no grupo de amigos um verdadeiro doce inferno.
Os garotos tentando ser durões e
resistir ao encanto das meninas sempre espertas e levemente apimentadas,
seduzindo com sorrisos e andares. Época diferente, valores diferentes, atitudes
diferentes. Os mesmos perigos, mas situações distintas, social e
particularmente falando.
O nível de ingenuidade seria ridículo
se comparado aos da atualidade. Não que as ações juvenis à época não fossem
bastante instigantes; o eram. Havia mistério, tesão e paixão, verdadeiramente,
por alguns dias ou eternamente. Mas também havia noções de regras e leis,
honestidade e responsabilidade.
A diversão dos jovens de hoje parece,
à primeira vista, assustadora. Está atrelada à falta de limites e hierarquia
difundidos por uma mídia nojenta, formada por gente sem caráter e defensores do
absurdo, mudando a sociedade por completo, virando do avesso os parâmetros de
convivência para tumultuar e destruir a paz, individual e coletiva.
Os valores que antes eram respeitados,
hoje são ignorados, ou completamente desconhecidos. Talvez seja a visão míope e
retrógrada de quem foi ultrapassado pela chamada “evolução sexual”,
comportamental ou final dos tempos, quem sabe?
O
romantismo terá mudado de escala? Hoje se mata por amor em vez de se morrer de
amor? Ou a moda superou a moralidade, e as pessoas desejam superar a si mesmas
em auto exposição, causando um turbilhão de excessos condenáveis em troca de
compensação financeira e quinze minutos de fama? Essa é a geração que desconhece
princípios, hierarquia, honestidade e sensibilidade, tendo sido criados apenas
para tocar o caos e aumentar sensivelmente os problemas de uma sociedade à
beira da derrocada?
Presente sombrio é sinal de ausência
de futuro.
Marcelo Gomes Melo
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