O
politicamente correto é a chave mestra para a corrupção
Quando inventaram essa
história de “politicamente correto”, criaram nada menos do que a obrigação de todos
se utilizarem de eufemismos para qualquer coisa, maquiando pensamentos,
diluindo opiniões, burlando a comédia em seu cerne, que é ser incorreta e
cruel, e superficializando ao máximo qualquer polêmica que possa, de longe, ser
sugerida.
O politicamente correto tornou as pessoas extrassensíveis,
sempre prontas para se sentirem ofendidas com qualquer suposta insinuação,
demonstrando uma neurose absurda em querer acomodar-se em nichos, segregando a
si mesmas; fazer parte de qualquer sistema de quotas é moderno, acreditar que o
mundo vive para discriminar, também. Foi-se o tempo em que as pessoas se expunham
e debatiam sem medo de serem crucificadas por suas opiniões dissonantes.
Essa visão acaba por institucionalizar o erro, dificultando
a luta contra esses desvios comportamentais e cria indivíduos em estado de
atenção perene, com medo de se relacionar plenamente com os outros e cometer
deslizes sem qualquer intenção. Enquanto os racistas, fascistas e falso-moralistas
sabem muito bem quando agir e como agir, tirando proveito de situações para
lucrar financeiramente, usando a mídia para causar estragos irreparáveis.
A sociedade, adotando essa maneira de agir, acabou por
criar a chave mestra para os que querem faturar alto com acusações, geralmente
falsas e exageradas, buscando controlar a máquina e conseguir dinheiro com
isso. E quando há casos verdadeiros que requerem atitudes firmes que garantam o
livre arbítrio e os direitos humanos, esses passam despercebidos, atolados na
lama das reclamações sem nexo, vazias.
A mídia, sequiosa por audiência, incentiva e divulga polêmicas
fabricadas, convencendo as suas vítimas de que são vítimas do politicamente
correto, manipulando-os para que ajam sem que saibam a razão, movidos apenas
pela ganância e desconhecimento.
Combater as mazelas sociais, os maus tratos e discriminação
fica ainda mais difícil ante a essa camada gasosa que turva a visão e os pensamentos
dos bem intencionados; e é aí que surgem os corruptos munidos de péssimas
intenções que assumem o poder e controlam o caos.
Se a sociedade decidir voltar às origens, confiando mais
uns nos outros, compartilhando mais, ideias e matéria, talvez o termo vicioso
criado para acessar a corrupção por trás desse escudo poderoso, desapareça e
permita que as pessoas sejam mais verdadeiras e destemidas.
Marcelo
Gomes Melo
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