Sintaxe, sentido e
variação linguística no trabalho com o texto.
As aulas de sintaxe devem
objetivar o contato com as mais variadas formas de uso da linguagem, tornando a
busca por padrões adequados a cada situação. Conhecer e aceitar a própria
gramática internalizada facilitará ao indivíduo comparar e saber utilizá-la em
diferentes contextos, e como e quando usar a norma culta, enriquecendo a
língua, que é viva e evolui constantemente.
Em sala de aula, visto que a concordância não é essencial
para a comunicação, a abordagem à sintaxe precisa focar na plena autonomia na
escrita com consciência e coerência quanto ao uso dos recursos linguísticos.
Paradoxalmente, as gramáticas formais não levam em conta
sequer variedades cultas do português brasileiro, tornando o ensino de uma
língua idealizada, mas distante de uma língua real. Fazer com que o aluno
enxergue e considere sua linguagem implícita como uma característica e não como
um desvio incorreto, refletindo, analisando e entendendo as inúmeras
possibilidades e recursos de comunicação.
O professor precisa ter em mente que o conhecimento
gramatical que o aluno carrega consigo naturalmente é o ponto de partida para a
percepção das múltiplas possibilidades linguísticas, como instrumento de
alcance de status social, ética pessoal e qualidade de vida.
A aprendizagem desprovida de
distanciamento fluirá com suavidade, sem a perda da importância que lhe é
intrínseca e sem a ideia de que é algo chato e complicado, apesar de
extremamente necessário.
Marcelo
Gomes Melo
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