Humanidade em evolução ou involução?
A
rotina desse século é uma desgraça de grandes proporções por dia, causando
desastres chocantes que destroem coisas e seres peremptoriamente. As pessoas já
não se surpreendem tanto; estarão perdendo a sensibilidade?
Caso essa seja uma possibilidade
concreta podemos afirmar que a humanidade está em um período de transição visível,
deixando de ser humanos como os conhecemos. Uma nova espécie sendo criada, em
mutação constante, perdendo valores que nos eram caros, como, por exemplo, a
capacidade de amar ao próximo e viver em sociedade através de regras éticas,
resolvendo os problemas com racionalidade e sob os auspícios da lei.
O ser humano em mutação mais selvagem,
difícil de conter; desconhece o espaço alheio e cultiva o individualismo ao
alcance da crueldade. Não dá importância ao próprio habitat, que destrói
constantemente; é incapaz de demonstrar amor ou amizade, a não ser que seja com
segundas intenções: lucrar de alguma forma, mesmo que seja com o desespero do
próximo.
Vivemos em um século de incertezas e
fanatismo pernicioso, a confiança é artigo em desuso, a paz é utilizada como
argumento de retórica, mas sem nenhum uso além desse.
Verdades antes inabaláveis são
contestadas, teorias cada vez mais exóticas surgem e são levadas em
consideração automaticamente; pessoas matam e morrem por elas com um ódio
inigualável, por si mesmas e pelos pares. O outro lado disso é a inatividade
completa, a ausência de pensamento, a passividade assustadora! Gado a caminho
do matadouro. O planeta é uma rampa e o povo, como um zumbi, arrasta-se
lentamente para o fundo, sofrendo os mais incontáveis terrores no caminho.
Mortos-vivos buscando o incinerador para transformar em cinzas a antiga
humanidade, cedendo espaço para outra raça derivada da original, modificada
geneticamente com conceitos opostos de existência em comum e eliminação dos
princípios cultivados há séculos, e que garantiram a sobrevivência e evolução
moral sobre o planeta.
Nesses
tempos cabe contestar as conquistas que modificam física e mentalmente à raça
humana, porque embora facilitem a existência transformam indelevelmente
comportamentos criando novos ritos, criando novos ritos, ignorando desígnios
imortais, nos fazendo pensar em involução.
Medo significativo, desconhecimento e
nenhum escrúpulo podem ser considerados melhorias, evolução? Eis o
questionamento central.
Marcelo Gomes Melo
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