Saciar! Saciar! Saciar!
Quero
amainar essas tensões da alma da maneira mais gostosa que há, traçando o mapa
do seu corpo lentamente com todas as ferramentas à minha disposição: mãos,
boca, língua, pele e tudo o que a sua imaginação lhe permitir desfrutar, sem
medos, recalques, utopias ou dores. Paixão indomável, sim!
Que seu corpo responda aos estímulos
mais sensíveis sem estranhar, e devolva em delícias os suplícios que tornam as
noites mais longas e os anseios inigualáveis.
Imagino a sensação de ser salvo de um
afogamento, o primeiro respirar de salvação, quando o ar preenche os pulmões
comparando-as aos momentos de mergulho profundo em seu corpo, todo paladar e
amor, sem pensar em coisa alguma além do imediato. Os tremores causados pela
malária nem chegam perto dos tremores de tais sentimentos. Saciar! Saciar!
Saciar! É o mantra cruel e selvagem que persegue o tesão insensato!
É madrugada e os temores, despedaçados
jazem no chão entre as camadas extra de
roupas, inapropriadas, desnecessárias para o momento; o rugido do prazer não
tarda, e o amanhecer nos aplaudirá enlevado, cobrindo com calor e leveza o suor
despendido em meio a tantas lutas sequiosas, o conhecer natural, o pertencer
mágico que entorpece e desperta, torrentes de eletricidade que unem pensamentos
e desvendam corpos apaixonados.
Marcelo Gomes Melo
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