“Rock do baba ovo”
Desovou
o corpo à beira da estrada
Era
meia noite enluarada (baba ovo)
De
volta para o velho bar
Tomou
uma talagada
Mais
um litro de cana, daquela estragada
Para
esquecer aquela safada malcheirosa e desgraçada
Ficou
bêbado e ficou bom
E
quando ficou bom lembrou
Bebeu
mais e então matou
Esqueceu
para onde a levou, escondeu e enterrou
Mas
o bicho era labão
Voltou
lá na escuridão
Uma
lata e uma pá, e um saco de carvão
Cinco
litros de cachaça
E
um amor no coração
A
pinga, esse cara adora pinga
A
safada morreu porque quis compartilhar
Como
é que ele ia saber que era no celular
Não
se brinca com a cachaça de um homem
Então
teve que detonar
Baba
ovo! Baba ovo!
Lenda urbana século XXI, que roda de
bar em bar da periferia, período outono/inverno, em que o inferno congela e o
coração da noite é constantemente apunhalado sem piedade pelas vítimas do amor
errado, das escolhas ilusórias e das chances abandonadas por ausência de
cérebro.
Marcelo Gomes Melo
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