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Diversão sangrenta para jovens



          O primeiro soco foi entre os olhos. Atingiu o meio da testa atirando o oponente a três metros de distância, surpreso e com a vista escurecida. Oponente não era a definição correta porque o atingido nem conhecia e nem sabia quem era o psicopata que o atacava violentamente, do nada.
          O homem tentou se levantar catando cavaco, como um bêbado procurando uma agulha no palheiro quando recebeu a joelhada no meio da cara, partindo o nariz e observando a cachoeira de sangue ensopar a camisa polo listrada. Não era MMA, o atacado era um cidadão comum!
          Sem emitir sequer um som, por causa da surpresa das agressões, foi coberto de chutes no meio do corpo, rolando como uma bola pela calçada, esbarrando no poste e na carrocinha de pipoca. Deitado de costas como um jacaré, quase imóvel, recebeu um pisão na cara que destroçou os ossos do rosto, em seguida um bicão entre as pernas que o fez se remexer como uma lagartixa cuja cabeça foi cortada. O calcanhar no gogó o impediu de gritar, saindo apenas gorgolejos assustadores. O sangue jorrava como um gêiser.
          Os transeuntes assistiam a tudo, uns assombrados, outros indiferentes, a maioria vibrando. Um caibro de madeira maciça surgiu nas mãos do agressor e as pauladas contundentes esmigalhavam os ossos dos joelhos, tornozelos, cotovelos... Mais um momento e não restaria nada do ser humano que minutos antes caminhava tranquilamente pelas ruas.
          A madeira é deixada no chão e uma arma calibre doze é engatilhada e apontada para aquele arremedo de pessoa transformada em uma massa de miolos e sangue.
          - Adenildo, larga esse vídeo game e vem logo almoçar, moleque!



              - Já vou, mãe!
          A vida moderna colocada no pause para ser retomada em breve. Diversão jovem...




Marcelo Gomes Melo

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