Língua
real X Língua ideal: o uso adequado de ambas garante a evolução dos falantes do
idioma
A globalização atingiu
todas as áreas da sociedade contemporânea, inclusive a educação e os
currículos, com a introdução de novos objetos de ensino, como gêneros de texto
ou discurso, e causou mudanças nas maneiras de ler, produzir e difundi-los. O
ambiente escolar passou a perceber a necessidade de valorizar e inserir os
multiletramentos como ferramenta fundamental para que o aluno trabalhe de
maneira ética, crítica, democrática e protagonista.
Para que, através do letramento crítico seja possível transformar
informações em saberes, devidamente contextualizados, é importante fazer uso da
interdisciplinaridade, garantindo um constante aperfeiçoamento nos métodos
profissionais e na compreensão e capacidade do uso cidadão por parte dos
alunos.
Mudanças como essas alcançam diretamente a visão de como a
língua deve ser analisada e trabalhada, exigindo uma reflexão a respeito de sua
modalidade informal e importância no contexto da aprendizagem da forma culta,
oficial.
Saber que essa língua real, rica e efetiva, que avança e se
altera conforme o seu uso diário faz parte da história de vida dos falantes,
torna essa reflexão constante a seu respeito imprescindível, desprovida de
preconceitos ou rixas políticas apaixonadas, como deixam entrever textos de
jornalistas e até educadores que defendem a língua idealizada como a única
opção, rechaçando os falares da população não alfabetizada, ou parcamente
alfabetizada trará enormes benefícios em sala de aula, porque partindo da
realidade do aluno, o ensino da linguagem culta se tornará mais fácil e
eficiente.
Ao contrário dos argumentos dos detratores da língua real
desenvolvida pelo povo, reconhecê-la não mudará o fato de que combiná-la e
saber como e quando utilizar a norma culta, que confere ao falante status
social e autoestima é primordial, cabendo ao professor, no ambiente escolar,
lidar com isso de maneira democrática, retirando a pressão que causa de ambas
as partes, falantes cultos e falantes informais, preconceitos linguísticos ou
não.
O domínio do uso correto da nomenclatura gramatical não
evitará que, em situações desnecessárias, como por exemplo, em um jogo de
futebol, a língua coloquial seja utilizada completamente; nem mesmo em momentos
improváveis como em uma entrevista de emprego.
Urge refletir sobre a utilização dessas normas para cada
situação que se apresente, correta e coerentemente, e é onde o educador precisa
manter o foco, sem se deixar levar pelas polêmicas em torno da língua
divulgadas pela mídia, mas considerando a importância de tais debates para que
a sociedade volte a atenção para a importância do reconhecimento da língua
própria, e que todos podem colaborar ao seu modo para a evolução intelectual
dos falantes.
A língua ideal é fruto de sonhos, e mesmo os puristas do
idioma, em algum momento rendem-se à forma coloquial e cometem deslizes plenamente
compreensíveis.
Marcelo
Gomes Melo
Obrigado pela indicação de sua postagem que pude vir aqui conferir e ao mesmo tempo também pelo diHIIT constatei que recebi pela primeira vez depois de muito tempo desativado agora consegui ver no meu e-mai do Google que chegou a seguinte mensagem bem assim: "Sua participação no Heróis da Persistência foi solicitada - Participação na comunidade do blog Heróis da Persistência solicitada".
ResponderExcluirequipe dihitt avisos@dihitt.net