Ah, todos os luares inúteis
Os quais passei sozinho
Em torno da fogueira
Armado com um copo de vinho
E um cobertor para o frio exterior!
Ah, todos os dias cinzentos
Que representaram a ausência
De quem deveria acalentar
O meu corpo magoado, arranhado
Envolvido em silêncios sufocantes
Ah, todos os pensamentos confusos
Por não encontrar as respostas
Das perguntas jamais feitas,
Dos olhares jamais trocados
Dos finais arrasadores sem começo...
É isso o que causa a ira?
As lágrimas que inundam o mundo?
A força que esmaga as pedras?
O suspiro rebelde que escapa das masmorras?
O ritual inclemente do amor?
Marcelo Gomes Melo
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