Foram os estertores das minhas tentativas de natal. Infrutíferas. Eu sabia que ela também queria; mas não dizia. Sim, ela ouvia, mas não respondia.
O fato de jamais dizer não era o maior
empecilho, porque mantinha todas as reticências e impedia o final dos desejos
que um “não” definitivo o ofereceria.
Determinado a ter essa como a última
tentativa, vou suspirar taça após taça de vinho, respirar fundo o ar frio e
devorar novos sonhos de fim de ano.
Cabe detalhar que muitas dessas
tentativas se deram no campo espectral, etéreas, mudas; olhares cortantes,
toques ocasionais suaves como nuvens, mensagens subliminares..., mas outras
foram muito reais, incisivas, exigentes! E obtiveram inclusive uma resposta positiva,
real, urgente até!
A espera, entretanto... É afundar-se
em areia movediça, é perder o fôlego, morrer aos poucos à espera de viver para
sempre.
Marcelo Gomes Melo
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