Algumas implicações do fazer amor
Eu
beijo, ela arranha e se contorce, me insere em si mesma profundamente em uma
batalha sem perdedores.
Os seus sussurros são música para os
meus ouvidos, instigantes, não aceitam um não como resposta, incutem em mim uma
febre que precisa ser cuidada com os suores e os movimentos mais necessários
que um casal sonha e merece.
Firmeza e suavidade, corpos à mostra e
disponíveis para exploração completa e irrestrita. Sem negações, sem
preconceitos, segundo as leis do amor entre quatro paredes até o auge, e a
sequência esperada, a transformação da voracidade em satisfação, da respiração
retornando aos níveis aceitáveis, das mãos dadas, cúmplices, os olhares
informando mais do que palavras, os sorrisos mais sinceros...
O fim é o começo e a consequência é
inédita, a descobrir. Mas ninguém está pronto para lidar com o futuro quando o
presente supre as necessidades de corpo e alma.
As individualidades dirão, depois, se
haverá continuação ou caminhos opostos, com ou sem ressentimentos para todo o
sempre.
Fazer amor é tarefa complexa
banalizada pela ausência de algo chamado plenitude. É enganoso crer que alguém
tem vantagem no final desse processo.
Marcelo Gomes Melo
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