O
desleixo é muito louco. É a principal causa das calamidades, indubitavelmente.
E mesmo atentando-se a esse detalhe, a rotina segue poderosa, porque o ser
humano tem uma atração, ou predisposição gigantesca ao desleixo em diversos
períodos e situações.
A calamidade vive à espreita
aguardando as falhas, a desatenção, a arrogância e as atitudes descuidadas para
surgir destruindo as propriedades físicas, sendo letais psicologicamente
ignorando as chances matemáticas, sendo deliberadamente uma agente de
destruição com proporções inigualáveis!
A sociedade, depois, tenta remediar,
procurar culpados, execrar a quem estiver exposto com uma crueldade ímpar,
porque não existe outra opção. Os que tentarem amenizar serão taxados como
hipócritas, e os que tentarem ponderar com frieza serão odiados e deixados à
margem. O que funciona é crucificar a alguém e transformar em circo as dores
proporcionadas. É desse jeito que se vive a calamidade. E não necessariamente a
solucionam.
O que acontece é que elas passam,
esquecidas sem conserto, substituídas pela próxima, porque o desleixo é produto
nacional, estará sempre presente, incitando terrores, causando destruição,
sofrimento e morte.
Não solucionando o desleixo
institucional, a probabilidade de mudança é zero. A não ser que seja para pior.
Marcelo Gomes Melo
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