Convivendo com dores, resistindo às
falhas
As
dores de viver acalentam os pensamentos bons, ilusórios, nos mantém alertas de
alguma forma para suportar os percalços rotineiros que nos assombram e quase
nos fazem desistir de tudo.
Pequenas coisas, as quais dificilmente
percebemos, tornam os problemas contornáveis, e por algum tempo nos sentimos
seguros e capazes de realizar qualquer desejo e objetivo.
É cíclico. Balançamos como um navio em
alto mar de um lado para o outro, mas as dores continuam conosco, fazendo hora
extra, nos incomodando na medida certa, testando nossas capacidades de
sobreviver com dignidade.
Tudo é necessário nesse mundo de meu
Deus! Quanto mais resmungamos ou reclamamos estamos desdenhando de nós mesmos,
admitindo a nossa pequenez diante de tudo que a existência nos apresenta.
Momentos de gratidão atuam como bálsamo instantâneo, talvez nos conectem com o Criador,
adoce nossas vidas tolas, mas merecidas, que nos fazem esquecer das pequenas
proezas que realizamos sem nos dar conta da importância que teve para os recebedores
das dádivas.
Acontece o mesmo com todos, não
esquecemos um pequeno gesto de gentileza porque são as verdadeiras razões para
existir.
É por isso que resistimos o quanto
podemos, com as falhas inerentes aos seres humanos e com suas fagulhas de
bondade que causam um bem-estar indescritível, criados para equilibrar as dores
com as quais convivemos até o fim.
Marcelo Gomes Melo
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